O Departamento de Proteção Ambiental da cidade de New York divulgou, na semana passada, a adoção de um novo regulamento que determina que as pizzarias que usam forno a lenha reduzam suas emissões de carbono em até 75%. De acordo com a regra, pizzarias com fornos instalados antes de maio de 2016 devem apresentar dispositivos de controle de emissões. O equipamento custa cerca de $ 20 mil, custo que está gerando reclamações entre os proprietários dos restaurantes.
“É uma grande despesa, não é só o custo de instalação, é a manutenção”, disse o dono de um estabelecimento ao jornal The New York Post. “Eu tenho que pagar alguém para fazer isso, para ir lá a cada duas semanas e fazer a manutenção”, completou. Além do custo, os donos dos restaurantes também argumentam que a mudança nas condições de cozimento pode provocar alterações no resultado final do produto. “Se você mexe com a temperatura no forno, muda o sabor. Aquele cano, aquela chaminé é daquele tamanho para criar a corrente ascendente perfeita e manter a temperatura, é uma arte tanto quanto uma ciência”, argumentou o dono de um restaurante com forno a lenha.
Os regulamentos que estipulam que as empresas não podem usar forno sem um dispositivo de controle de emissões de carbono foram aprovados em 2016. A princípio, as empresas precisavam estar em conformidade até janeiro de 2020, mas o prazo foi adiado devido à pandemia de coronavírus.
Segundo o departamento responsável, cerca de 60 pizzarias podem estar fora da conformidade exigida até a regra entrar em vigor. Antes, a cidade realizará uma audiência pública, no dia 27 de julho.