O estado de New York aprovou uma legislação que proíbe pet shops de vender animais de estimação. A medida foi assinada na sexta-feira (16) pela governadora Kathy Hochul, do Partido Democrata, e começa a valer em dezembro de 2024. O objetivo é inviabilizar o tratamento cruel dado a cachorros, gatos e coelhos, visando lucros, e fortalecer a adoção. Criadores domésticos que vendem animais nascidos e criados em suas propriedades não serão afetados.
“Acabar com as fábricas de filhotes de New York significa o triunfo da compaixão sobre os males inerentes a uma indústria que submete animais inocentes à barbáries”, falou a deputada Linda Rosenthal, apoiadora da regra.
“Esta lei salvará inúmeros animais do abuso nas mãos de horríveis fábricas de filhotes, e estou emocionado que agora seja promulgada “, concordou o senador estadual Michael Gianaris, do Queen.
Represetantes da indústria das pet shops, entretanto, se manifestaram veementemente contrário à norma, alegando que ela os tirará permanetemente do mercado. Além disso, argumentam que ficará mais difícil para os novaiorquinos comprarem um animal de estimação em estabelecendo licenciado, alimentando um mercado paralelo que pode ser ainda mais cruel para os mascotes.
“Contraproducente”, avaliou Jessica Selmer, presidente da People United to Protect Pet Integrity, sobre a lei, acrescentando: “Noventa por cento do negócio das pet shops é vender cães. Não vamos sobreviver a isso”.
A governadora afirmou que a entrada em vigor do projeto de lei, daqui a dois anos, busca dar um tempo para as lojas se prepararem para o impacto financeiro da nova regra. Além disso, as pet shops ficarão autorizadas a cobrarem aluguel de abrigos que as usam como espaço para sediar eventos de adoção de animais resgatados.
A Califórnia promulgou uma lei semelhante em 2017, tornando-se o primeiro estado a proibir tais vendas. Em 2020, foi a vez de Maryland e, em 2021, Illinois baniu as lojas de exibirem animais em suas vitrines para fins comerciais.