DA REDAÇÃO – A cerimônia ocorreu em julho deste ano, e tanto o avô quanto o neto aproveitaram a festa. Mas, uma semana depois, ainda em Dallas, Walter sofreu um ataque cardíaco. Ele foi operado e liberado do hospital, mas dois dias depois voltou a sentir dores no peito e teve um segundo ataque, ainda mais forte. Ele está há três meses inconsciente, internado no centro de tratamento intensivo de um hospital da cidade, sem perspectiva de voltar ao Brasil.
Agora, a família precisa de ajuda para mandar o avô de volta para o Brasil num voo especial, com todos os equipamentos necessários. Ele afirma que a família não tem como arcar com os custos de seu retorno e dos hospitais e vem buscando ajuda — até agora, sem sucesso – junto aos governos brasileiro e americano e a qualquer outra pessoa que, por meio de uma campanha online por doações, possa os ajudar.
“O problema é que, aqui, tudo na saúde é privado. Ele já fez três pontes de safena. Só de custos médicos, fui informado que devemos $400 mil e precisamos de $30 mil para levá-lo para o Brasil com a ajuda de uma empresa especializada”, afirma Thiago. “Agora, ele está recendo só cuidados básicos. Não temos mais condições de pagar médicos. Mas, no Brasil, ele tem plano de saúde.”
Thiago é um publicitário mineiro de Juiz de Fora que foi para os Estados Unidos estudar inglês há três anos. No país, ele conheceu sua futura esposa, que é de Dallas. Estavam de casamento marcado para o dia 25 de julho. “Fui ficando até a cerimônia”, diz ele, que hoje trabalha como diretor de uma agência de publicidade na cidade.
Em setembro, Thiago escreveu para a Presidência para pedir ajuda ao Itamaraty para levar seu avô de volta para o Brasil. À BBC Brasil, o Itamaraty informou por nota que “não existe previsão orçamentária nem legal para o auxílio a tratamento médico de brasileiros no exterior”. Quem puder ajudar, a campanha está no site Gofundme www.gofundme.com/waltermotta.