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Nasa descobre sete novos planetas com tamanhos parecidos com o da Terra

Todos orbitam a uma distância que possibilita a existência de água líquida em algum ponto de sua superfície, o que abre a possibilidade para que o sistema tenha condições de abrigar vida

A Nasa anunciou na quarta-feira (22) que encontrou o primeiro sistema solar com sete planetas de tamanho similar ao da Terra pela primeira vez na história. O sistema foi encontrado a cerca de 39 anos-luz de distância–uma distância relativamente pequena em termos cósmicos. As informações são da Revista Exame.

Dos sete planetas, três estão dentro de uma zona habitável, onde é possível ter água líquida e, consequentemente, vida. Os astros mais próximos do seu sol devem ser quentes demais para ter água líquida e os outros mais distantes devem ter oceanos congelados.

Os planetas orbitam uma estrela anã chamada Trappist-1, que é similar ao Sol e um pouco maior do que Júpiter. Segundo a agência espacial, os astros têm massas semelhantes à da Terra e são de composição rochosa. A expectativa da Nasa é que, na pior das hipóteses, ao menos um dos planetas tenha temperatura ideal para a presença de oceanos de água em forma líquida, assim como acontece na Terra.

Segundo o estudo, que foi publicado na revista Nature, há chances de os cientistas encontrarem vida nesses planetas. “Não é mais uma questão de ‘se’, mas uma questão de ‘quando’”, disse Thomas Zurbuchen, administrador da Direção de Missão Científica na sede da Nasa, em conferência.

Quando o novo telescópio da European Space Organization começar a funcionar, em 2024, será possível saber se há realmente água nesses planetas.

Mesmo que os pesquisadores não encontrem vida nesse sistema solar, ela pode se desenvolver lá. O estudo indica que a Trappist-1 é relativamente nova. “Essa estrela anã queima hidrogênio tão lentamente que vai viver por mais 10 trilhões de anos–que é sem dúvida tempo suficiente para a vida evoluir”, escreveu Ignas AG Snellen, do Observatório de Leiden, na Bélgica, em uma pesquisa que acompanha o estudo.

Apesar da similaridade entre a Terra e os planetas do sistema recém-descoberto, a estrela Trappist-1 é bem diferente de nosso Sol. A estrela tem apenas 1/12 da massa do nosso Sol. A sua temperatura também é bem menor. Em vez dos 10 mil graus Celsius que nosso Sol atinge, o Trappist-1 tem “apenas” 4.150 graus em sua superfície.

De acordo com o New York Times, por ser mais frio do que o nosso Sol, a estrela também emite menos luz. Um reflexo disso seria uma superfície mais sombria. A claridade durante o dia, por lá, seria cerca de um centésimo da claridade vista na Terra durante o dia. Uma dúvida que paira sobre os cientistas é que seria a cor emitida por pela Trappist-1. Essa cor pode variar de um vermelho profundo a tons mais puxados para o salmão.

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