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Nadadores americanos são proibidos de deixar o Brasil após falta de provas sobre suposto assalto

Eles afirmaram que foram assaltados a mão armada na madrugada de sábado (13), mas história não bate com imagens mostradas

Da Redação com G1 – Depois de não encontrar evidências suficientes sobre o assalto a mão armada que nadadores americanos disseram terem sido vítimas no último sábado (13), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que eles fiquem no Brasil até que o caso seja esclarecido.

A Justiça determinou a apreensão do passaporte dos nadadores americanos Ryan Lochte e James Feigen, segundo a assessoria de imprensa do TJ-RJ.  Nesta quarta-feira (17), a polícia do Rio já admitia mudar a linha de investigação para saber exatamente o que os nadadores fizeram naquela madrugada.

Imagens do momento em que os quatro nadadores americanos – que disseram ter sido assaltados no Rio – chegam à Vila Olímpica foram divulgadas pelo jornal britânico Daily Mail nesta terça-feira (16). Segundo a versão dos atletas, eles foram roubados na saída de uma festa na Lagoa, Zona Sul do Rio, na madrugada de domingo (14).

A polícia assistiu ao vídeo que mostra os quatro nadadores chegando por volta das 7h à Vila Olímpica, cerca de três horas depois do horário em que os atletas disseram à polícia que saíram da festa – o assalto teria ocorrido no caminho de volta.

Ao analisar as imagens, os investigadores estranharam o fato de os atletas terem chegado aparentemente calmos ao local, que fica na Barra da Tijuca, Zona Oeste.

No vídeo da câmera de segurança, os atletas não parecem estar tão bêbados como afirmaram em depoimento à polícia. Um dos atletas, o 12 vezes medalhista olímpico Ryan Lotche, chega a brincar, batendo com a credencial num companheiro, Jimmy Feigan.

Nas declarações dadas à polícia, os nadadores disseram estar tão embriagados que não conseguiam distinguir onde exatamente foram roubados, apesar de terem dito que teria sido na Lagoa. Também afirmaram que não saberiam definir o tipo de táxi que pegaram. A polícia também estranhou o fato de eles não terem tido relógios e celulares levados.

Crime é investigado

As investigações seguem. Lochte prestou depoimento no domingo à noite na Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), no Leblon. O atleta repetiu a versão que um dos colegas havia contado à polícia e disse que estava bêbado e não lembra detalhes do assalto.

Os agentes ainda procuram o motorista do táxi que teria levado os nadadores de uma festa na Casa da França, na Lagoa, à a Vila Olímpica. A polícia tem as imagens do posto de gasolina, onde os atletas pegaram o táxi, e busca registros de câmeras de segurança que ficam no trajeto.

À rede americana NBC, Ryan Lochte contou que estava com outros três nadadores. Segundo ele, homens pararam o táxi, mostraram distintivos e apontaram uma arma para eles. Lochte disse que eles tiveram que deitar no chão. Os suspeitos levaram o dinheiro e a carteira dele, mas deixaram a credencial e o celular.

Na manhã de domingo, o porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI) disse que recebeu uma mensagem do comitê dos Estados Unidos dizendo que a história não era verdadeira.

Depois, o Comitê Americano divulgou uma nota afirmando que os atletas foram parados por homens armados, agindo como se fossem policiais, e disse que os quatro nadadores estão colaborando com as investigações.

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