DA REDAÇÃO – A 100 dias dos Jogos Olímpicos Rio 2016, monumentos das principais cidades do mundo ganharam novas cores: o verde e o amarelo da bandeira brasileira. O Cristo Redentor é o principal de uma série de cartões-postais que recebem iluminação especial na noite de quarta-feira (27), que inclui atrações famosas como a London Eye (Londres), a pirâmide da Praça de Maio (Buenos Aires), a Ponte Nelson Mandela (Joanesburgo), a Torre Aspira (Doha), o Palácio Dora Pamphilj (Roma) e o Parque Olímpico de Komazawa (Tóquio).
A ação acontece na mesma data em que a chama Olímpica passa para as mãos do Comitê Rio 2016. O Estádio Panatenaico, palco da cerimônia de passagem da chama, em Atenas, também tem as cores do Brasil projetadas nas arquibancadas nesta quarta. No Rio, além do Cristo, os Arcos da Lapa, o estádio do Maracanã, as Arenas Cariocas e a Ponte Estaiada da Barra participam da ação, assim como o Palácio do Planalto e o Itamaraty, em Brasília.
As homenagens ocorrem durante toda a noite, em cidades de 12 países: Brasil, Inglaterra, Grécia, Argentina, México, Catar, Japão, Coreia do Sul, África do Sul, Itália, Hungria e Estados Unidos. A iniciativa é do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Preocupação com segurança é grande
Além da corrida contra o tempo para deixar tudo pronto para os jogos, a Anistia Internacional demonstrou preocupação com a segurança. Um levantamento da Anistia Internacional mostrou que pelo menos 11 pessoas foram mortas pela polícia desde o início de abril. Em 2015, 307 pessoas morreram pelas mãos dos militares na capital — um em cada cinco homicídios teriam sido cometidos por policiais em serviço. A cem dias do início dos Jogos de 2016, o diretor executivo da Anistia Internacional criticou o aumento das mortes em decorrência de operações policiais no Rio.
“Apesar da promessa de legado de uma cidade segura para sediar os Jogos Olímpicos, as mortes decorrentes de operações policiais têm crescido progressivamente nos últimos anos no Rio”, afirmou Atila Roque.
Roque ressaltou ainda a falta de investigação dos homicídios cometidos pela polícia, a ausência de uma regulamentação de armas menos letais e a falha no treinamentos dos policiais. Segundo ele, ainda há tempo para que as autoridades e o comitê organizador mude este panorama.
“Ainda há tempo nos próximos 100 dias para que as autoridades e o comitê organizador dos Jogos Olímpicos assegurem que nenhuma operação policial viole direitos humanos. Nossa expectativa é que as forças policiais do Rio de Janeiro abordem as questões de segurança pública de forma preventiva, preservando o direito à vida em vez de adotar a estratégia de atirar primeiro, perguntar depois”, alertou Roque.