Estados Unidos

Mundo presta solidariedade a vítimas de ataque em Orlando

Cidades coloriram monumentos e fizeram vigílias em homenagem às vítimas; massacre matou 49 pessoas e deixou outras 53 feridas

Cidades de todo o mundo estão prestando homenagens às vítimas do massacre da boate Pulse em Orlando, ocorrido na madrugada de sábado (11), quando Omar Seddique Mateen, um americano de origem afegã de 29 anos, abriu fogo e fez 49 vítimas fatais e feriu outras 53 pessoas.

A Torre Eiffel foi iluminada com as cores do arco-íris e cidades como Londres (Inglaterra) e Sydney (Austrália) organizaram concentrações nesta segunda-feira (13) em solidariedade para as vítimas um dia depois do ataque em um clube gay na Flórida.

“Paris está com Orlando. Esta noite, a Torre Eiffel se iluminará com as cores LGBT”, anunciou no Twitter a prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, em referência à bandeira que representa os gays, lésbicas, bissexuais e trans.

“Queremos mostrar nossa resolução de não ficarmos calados, de viver e de lutar contra os obscurantistas e o terrorismo”, explicou.

O mesmo sentimento tomou conta de Londres, Hong Kong (China), Bangcoc (Tailândia) e Seul (Coreia do Sul), onde serão realizadas manifestações em homenagem às vítimas do pior ataque do gênero na história dos Estados Unidos.

Na madrugada de domingo, 49 pessoas morreram e outras 53 ficaram feridas quando Omar Seddique Mateen, um americano de origem afegã de 29 anos, abriu fogo no interior de uma conhecida boate gay em Orlando, Flórida.

Em solidariedade para com a comunidade homossexual, a ponte do porto de Sydney foi adornada com as cores do arco-íris, enquanto que a prefeitura da cidade se vestiu de rosa. Centenas de pessoas se concentraram com velas na mão para pedir, em especial, o fim das discriminações.

De maneira espontânea, pequenas concentrações ocorreram desde domingo em Paris, Madri, Guadalajara e também em Orlando, onde cerca de 300 pessoas rezaram e cantaram em memória das vítimas.

Nesta segunda (13), alemães e turistas depositaram flores ante o portal de Brandenburgo, em Berlim, e em Washington as bandeiras estavam a meio mastro.

Autoridades falam sobre massacre

Dirigentes de todo o mundo condenaram o “ato de terror e ódio”, segundo palavras do presidente Barack Obama, e o “crime bárbaro”, segundo seu colega russo, Vladimir Putin.

O primeiro-ministro britânico David Cameron declarou-se horrorizado com a tragédia e o Papa Francisco repudiou “esta nova manifestação de um ódio sem sentido”.

Todos expressaram suas condolências e sua solidariedade para com os parentes das vítimas e o povo americano.

“Apesar da tristeza, estamos firmemente decididos a continuar com nossa vida aberta e tolerante”, assinalou a chanceler alemã Angela Merkel.

Igualmente, as associações de defesa dos direitos dos homossexuais mostraram sua determinação de prosseguir com sua luta.

Com o hastag “#loveislove”, os internautas prestaram sua homenagem contra a homofobia e fotos de homens ou mulheres se beijando.

O controvertido Donald Trump, provável candidato do Partido Republicano para as presidenciais americanas, elogiou-se por ter razão sobre o radicalismo islâmico, desatando a ira dos internautas, que o acusaram de querer tirar proveito do drama.

“O Islã se entristece com as matanças contra pessoas inocentes”, declarou Najib Razak, primeiro-ministro da Malásia, país de maioria muçulmana.

Ashraf Ghani, o presidente do Afeganistão, país de origem da família do assassino, assegurou no Twitter que “nada pode justificar que se mate civis”.

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