O U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) está investigando a queixa de quatro mulheres encarceradas em um centro de detenção na Geórgia de que foram vítimas de assédio sexual. O acusado é um enfermeiro, que teria usado sua posição para constranger as indocumentadas e obter favorecimento sexual em diversas oportunidades, desde 2021. O caso foi apresentado à agência do governo norte-americano por entidades de apoio a imigrantes.
De acordo com o relato de uma delas, o enfermeiro, ao prestar atendimento para tratar de um problema no pulso, “insistiu para que ela tirasse toda a roupa”. A denúncia dá conta ainda de que o profissional de saúde teria encostado o seu órgão sexual em uma das supostas vítimas. As quatro imigrantes estão detidas na unidade do ICE no Condado de Stewart, próximo à fronteira com o Alabama. As entidades estão acionando ainda a empresa CoreCivic, responsável pela administração das instalações dos centros de detenção nos Estados Unidos. Um representante da empresa, Matthew Davio, declarou que as investigações preliminares mostram que as queixas são infundadas.
A acusação fala sobre “um padrão de agressão sexual e retaliação por guardas prisionais e funcionários”, já que as mulheres reclamaram da situação às autoridades daquela repartição e, desde então, “foram alvo de interrogatórios agressivos e acusatórios e ameaças de encarceramento prolongado”. Os nomes das imigrantes e do enfermeiro não foram divulgados, mas sabe-se que ele continua trabalhando na mesma unidade. “Isso me tira o sono… saber que tantas outras detentas continuam sendo abusadas por esse criminoso sexual, sem que tomem providências”, disse uma das supostas vítimas.