Da Redação com Diário do Aço – A brasileira Vânia Maria Plasse, 51 anos, foi presa na última semana em Ipatinga (MG) acusada de extorquir dinheiro de pessoas que estavam interessadas em se mudarem para os EUA. A Polícia Militar foi acionada por diversas pessoas, indicando que Vânia enganava as pessoas com a promessa de levá-las para os Estados Unidos. A mineira já havia sido deportada dos EUA em 2012 sob acusação de tráfico infantil.
Para vender a promessa da viagem, ela contava com a ajuda de um homem que, em troca de dinheiro, providenciava documentos falsos para aquisição do visto. As pessoas interessadas na viagem tinham que pagar determinadas quantias. Uma das vítimas informou para a Polícia Militar que preparava o repasse de R$ 5 mil, mas desconfiou que era um golpe e voltou atrás.
Uma equipe da Polícia Militar foi ao local indicado pelas vítimas como residência da mulher e a flagrou no momento em que saía do imóvel. Vânia Maria Plasse permitiu que os policiais fizessem buscas no interior do imóvel e eles encontraram grande quantidade de documentos, muitos deles rasgados e jogados numa lixeira.
As vítimas todas têm a mesma história. Pagavam valores em espécie à mulher, assinavam um documento em inglês e deixavam cópias de documentos pessoais, além de fotos. O documento em inglês, explicava a agenciadora, era um contrato de trabalho no exterior.
A polícia relacionou os nomes de 13 vítimas da promessa da viagem, que pagaram valores entre R$ 4 mil e R$ 5 mil cada um. Uma das vítimas disse que já pagou R$ 8 mil. Esse grupo chegou a ir a Belo Horizonte para fazer o passaporte para a viagem. A alegação dela, para juntar tantas vítimas, conforme uma das pessoas que fez o pagamento, é que seria necessário um grupo de 16 pessoas para a viagem.
Em uma pesquisa no Sistema Informatizado de Segurança Pública, policiais descobriram que Vânia Maria tem uma condenação por tráfico internacional de crianças.
Demonstrando irritação, Vânia Maria negou-se a gravar entrevista, mas alegou, informalmente, que as pessoas mentiam e insistiu na negava da autoria do golpe. A delegada Amanda Morais, no Plantão da DPC, confirmou que atuou a mulher por estelionato.
Deportação
Em julho de 2012 Vânia Maria Plasse foi presa ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos (SP) depois de ter sido deportada pelo Departamento de Imigração (ICE) e do Departamento de Justiça e Operações de Remoções em Phoenix (EUA), em cooperação com a Justiça Brasileira. Ela foi acusada de tráfico de crianças para o exterior.
Ela estava detida em uma penitenciária do Arizona desde janeiro de 2011 e recebeu ordem de prisão assim que pisou em solo brasileiro. Em liberdade atualmente, Vânia responde processos na Justiça Federal e no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
