Uma mulher do Texas viajando com seu filho de 16 meses e sua mãe de 75 anos afirma que foi expulsa de seu voo de volta para casa na quarta-feira (26) depois de acidentalmente usar o pronome errado para uma comissária de bordo. Jenna Longoria, estava embarcando em seu voo no Aeroporto Internacional de San Francisco quando disse que cometeu um erro e se dirigiu a um membro da tripulação da United pelo pronome masculino várias vezes, ela contou ao The Post.
“Quando [a comissária de bordo], que se identifica como mulher, me deu nossos bilhetes de embarque, eu disse ‘Obrigada, senhor’. Foi isso”, disse Longoria. “Eu então caminhei pelo corredor para entrar no avião e ela impediu minha mãe de entrar”, contou ao The Post. Já a bordo, Longoria pediu ajuda a outro comissário de bordo, dizendo que “ele” — referindo-se à primeira comissária de bordo — tinha bloqueado sua mãe no portão, sem que ela entendesse o motivo. “Ele disse, ‘Ele?’ e eu disse, ‘Sim.’ Então ele disse, ‘Ela está usando um vestido'”. Foi então que Longoria diz ter entendido que havia cometido um erro.
“Meu filho estava no meu colo chorando. Como mãe, minha prioridade é garantir que meu filho entre com segurança no avião e não os pronomes que alguém usa.” Imagens compartilhadas por Longoria nas redes sociais mostram o momento em que a gerente de operações da United, Gabriella Chidom (que não é a funcionária que teve seu gênero confundido), informa que ela não poderia embarcar no voo por causa do que foi dito. Longoria, seu filho e sua mãe acabaram sendo impedidos de embarcar no avião, que partiu com sua bagagem — e medicamentos — a bordo.
Ela acrescentou que pediu desculpas repetidamente, dizendo que não estava familiarizada com pronomes e preocupada em cuidar de seu filho e de suas bagagens, mas não fez diferença.
A United disse ao The Post em um comunicado que Longoria e sua família foram proibidas de embarcar “após uma discussão sobre terem muitos itens de bagagem de mão” — o que Longoria criticou como “uma mentira absoluta”.
Longoria afirma que Chidon não ofereceu um voo alternativo ou qualquer informação adicional, apenas disse que alguém entraria em contato e ameaçou que ela poderia ser banida da companhia aérea. Segundo Longoria, só depois que ela compartilhou a história nas redes sociais é que a United providenciou um voo posterior para a família.
Longoria insistiu que não é uma pessoa política, que sua intenção não era incomodar ninguém, e que estava apenas distraída enquanto lidava com seu bebê e sua mãe idosa. “Eu não tenho uma agenda… a questão trans, não está no meu radar. Sou apenas uma mãe tentando ir do ponto A ao ponto B com meu bebê e minha mãe idosa”, disse.
O advogado de Longoria, Kirk Edward Schenck, disse ao DailyMail.com: “Os funcionários da United Airlines causaram à Sra. Longoria danos emocionais significativos e outros danos consequentes que buscaremos em uma ação civil contra a United Airlines e seus diversos funcionários”, disse. O advogado também argumenta que a companhia aérea emitiu um comunicado de imprensa falso sobre o incidente, constituindo difamação ao afirmar que ela foi retirada do voo por “ter muitos itens de bagagem de mão.”