O Facebook anunciou, em junho, o lançamento da moeda virtual libra para 2020. No entanto, a iniciativa da gigante das redes sociais ainda é um terreno desconhecido para muitas pessoas. A empreitada de Mark Zuckerberg, cuja empresa detém informações de mais de dois bilhões de pessoas no mundo, pode mudar o sistema financeiro mundial.
“Vamos transformar a economia global, para que todas as pessoas em todos os locais do mundo possam ter vidas melhores”, diz o site que administrará a nova moeda, a Associação Libra, uma organização sem fins lucrativos, localizada em Genebra, na Suíça. Mais do que isso, ninguém fora do Facebook sabe, mas o objetivo é usar o Messenger e o WhatsApp para trocar dinheiro de verdade por dinheiro virtual. Com isso, os consumidores poderão pagar boletos e fazer compras online, por exemplo.
Em vez de um sistema regulado pelos bancos centrais de cada país, a ideia do Facebook é que as próprias pessoas assumam as rédeas dos negócios, especialmente aquelas que não têm acesso ao sistema financeiro. E o que isso significa? Pouca gente arrisca um palpite, mas para muitos especialistas a situação é delicada. “A libra será controlada por um grupo de empresas sediadas na Suíça, um país que não faz parte da ONU. É preciso esperar mais detalhes para opinar mais concretamente”, disse Eduardo Diniz, da Fundação Getúlio Vargas.