O número de mortos pela covid-19 superou a marca de 6 milhões de pessoas em todo mundo, destacando que a pandemia iniciada em 2020 ainda está longe de acabar.
O fato é uma triste lembrança da natureza persistente da pandemia que ainda continua ativa, enquanto as pessoas abandonavam as máscaras, voltavam a viajar e os comércios reabriam em todo o mundo.
O último milhão de mortos foi registrado nos últimos quatro meses, segundo a contagem elaborada pela Universidade John Hopkins.
Esse é um ritmo ligeiramente menor do que o milhão anterior de falecidos, mas deixa claro que muitos países continuam sofrendo com o coronavírus.
Ilhas remotas do Pacífico começam a reportar casos da doença. Elas estavam a salvo por causa de seu isolamento, mas agora foram divulgados casos relacionados à variante ômicron.
Hong Kong, onde as mortes dispararam, fará três testes a todos seus 7.5 milhões de habitantes este mês em um esforço de manter a estratégia chinesa de tolerância zero contra a enfermidade.
As taxas de mortalidade continuam altas na Polônia, Hungria, Romênia e outros países do Leste Europeu, para os quais foram mais de 1.5 milhão de refugiados, fugindo da guerra na Ucrânia, um país com baixo índice de vacinação e números elevados de casos e de mortes.
Os Estados Unidos estão próximos de um milhão de mortes em seu território, o número mais alto do mundo.
Esses números, no entanto, são contestados por alguns especialistas. Edouard Mathieu, responsável pelos dados do site Our World in Data, destacou que ao estudar os números de mortalidade dos países é provável haver quatro vezes mais pessoas mortas devido à pandemia do que o número divulgado oficialmente.
Uma análise do excesso de letalidade de uma equipe do The Economist estima que o número de mortes por covid-19 está entre 14 milhões e 23.5 milhões de pessoas.
No total, foram divulgados cerca de 450 milhões de casos de covid-19 em todo o mundo.