Os Estados Unidos têm de longe o maior número de mortes causadas pelo coronavírus no mundo. Nesta segunda-feira (4), de acordo com a Universidade Johns Hopkins, o País registrou 67.710 mortes pela COVID-19 e 1.1 milhão de casos da doença. A Espanha, que está em segundo lugar na lista, te 217 mil casos e 25.264 mortes.
Desde o dia 2 de abril, mais de 1.000 pessoas por dia morreram vítimas do coronavírus nos EUA.
Em entrevista à Fox News na noite de domingo (3), o presidente Donald Trump admitiu pela primeira vez que o número de mortes pode chegar a 100 mil. “Eu costumava dizer que o número de mortos chegaria a 65 mil, mas agora eu digo que pode chegar a 80, 90 mil porque tudo evolui muito rápido”, disse o presidente. “Isso é horrível, não deveríamos perder ninguém para esta doença. O número é alto, mas se não tivéssemos feito nada, poderíamos ter perdido um milhão, dois milhões de pessoas”, disse o presidente.
Mais cedo, a médica Deborah Birx, integrante da força-tarefa contra o coronavírus na Casa Branca, reafirmou que as projeções mostram que o número de mortes pode chegar a 240 mil, no pior cenário projetado. “Nossas projeções sempre foram entre 100 mil e 240 mil mortes (na pior das hipóteses). Estamos aprendendo uns com os outros a praticar a distância social e isso é muito importante”, disse Deborah.
Há duas semanas, o presidente tinha dito que o número de mortes seria “muito menor que 100 mil” durante entrevista coletiva na Casa Branca. O presidente reforçou que não há problema em reabrir parques e praias e que as escolas devem retomar as aulas no outono.