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Mortes no Everest chegam a 11 em meio a ‘engarrafamento’ de alpinistas

Filas para escalar a montanha mais alta do mundo localizada no Nepal geram riscos fatais aos viajantes

Matt Moniz, Mike Moniz, e guia posam para foto no Monte Everest (Foto: Família Moniz)
Matt Moniz, Mike Moniz, e guia posam para foto no Monte Everest (Foto: Família Moniz)

DA REDAÇÃO – Um alpinista americano perdeu a vida durante a descida do Everest, anunciaram as autoridades do Nepal, o que eleva a 11 o número de mortos na maior montanha do mundo nesta temporada. Christopher John Kulish, 61, alcançou o topo da montanha, de 8.848 metros, e retornou na segunda-feira (27) ao acampamento base mais elevado do Everest.

“Ele teve um problema cardíaco e morreu, de acordo com os organizadores da expedição”, afirmou Mira Acharya, funcionário do Departamento de Turismo do Nepal.

A atual temporada, que pode superar o recorde de 807 pessoas no topo do Everest, registrado em 2018, foi a mais letal desde 2015. Além das 11 pessoas mortas no Everest, nove alpinistas faleceram em montanhas com mais de 8.000 metros de altura na região do Himalaia. No ano passado, cinco pessoas morreram

Várias das mortes são atribuídas aos engarrafamentos na chamada “zona da morte”. Estas paradas forçadas aumentam os riscos de congelamento, exaustão e de doenças relacionadas à altitude.

No final de maio termina a chamada “janela de oportunidade”, o período de poucas semanas em que as condições são menos extremas no Everest. A consequência é que o número de pessoas que coincidem nesse período na mesma rota para tentar chegar ao topo aumenta.

Na semana passada, uma foto do alpinista Nirmal Puja mostrando uma fila de alpinistas arrastando suas botas de escalada rodou o mundo e chamou atenção para o problema.

“Eu não posso acreditar no que vi lá em cima. Morte. Caos. Cadáveres no caminho e nas tendas do acampamento quatro. Pessoas que eu tentei convencer a voltar, mas que acabaram morrendo”, relatou no Instagram o montanhista Elia Saikaly.

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