Faleceu aos 88 anos no dia 21 de abril, em Roma, o Papa Francisco, paladino na defesa dos mais humildes e fragilizados.
Francisco assumiu a liderança da Igreja Apostólica Romana em março de 2013, substituindo o então Papa Bento XVI, que renunciou ao papado por razões de saúde.
O argentino Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro papa das Américas e o primeiro não-europeu desde o século 8. Na juventude trabalhou como técnico em um laboratório de ciências e juntou-se à Ordem Jesuíta aos 18 anos, depois de uma pneumonia severa. Em 1969 foi ordenado padre e em 1998 tornou-se Arcebisbo de Buenos Aires, onde ele nasceu em 1936. Três anos depois, em 2001, foi nomeado cardeal pelo então Papa João Paulo II. Após a renúncia de Bento XVI, sucessor de João Paulo II, o então cardeal Jorge Bergoglio foi eleito papa por um conclave em 13 de março de 2013, e escolheu o nome Francisco para seu papado, em homenagem a São Francisco de Assis.
Por sua inclinação à modesta Ordem Franciscana, a vida eclesiástica de Francisco foi marcada pela humildade e pela tolerância, e comprometeu-se ao diálogo entre as religiões e à inclusão social, tratando com compreensão minorias, apoiando as reivindicações das classes sociais menos favorecidas e denunciando a exploração humana. Defendeu pautas cosideradas progressistas, como a questão climática, a descriminalização da homossexualidade e a abolição da pena de morte, castigo que ele considerava “instrinsicamente mal”. Em 2022, pediu perdão para a Igreja por seu papel no genocídio cultural dos povos indígenas canadenses no passado.
Com voz embargada, o Cardeal Kevin Farrell anunciou a morte de Francisco: “Às 7:35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à Casa do Pai”.
Depois das exéquias, os cardeais da Igreja Católica Romana reunir-se-ão no Vaticano para um novo conclave que escolherá o sucessor de Francisco.
