Dois dias depois que a família anunciou que ele estava abandonando o tratamento contra um câncer no cérebro, diagnosticado no ano passado, o senador Republicano pelo Arizona, John McCain, faleceu em casa no sábado (25), aos 81 anos, ao lado da família.
McCain foi piloto da Marinha e passou cinco anos como prisioneiro de guerra no Vietnã. Libertado em 1973, começou uma carreira política de sucesso que o levou à indicação para a candidatura Republicana à presidência em 2008. Derrotado por Barack Obama, McCain retornou ao Senado, onde continuou a justificar apelido de “Maverick” – dado para indivíduos independentes, de ideias e convicções fortes.
John McCain foi senador por 40 anos e atuante até o fim. No ano passado, contrariou o seu próprio Partido Republicano e deu o voto decisivo para a derrota do projeto de lei, patrocinado pelo presidente Trump, para derrubar o programa de saúde conhecido como Obamacare. Antes, Trump havia feito comentários ofensivos à carreira do senador e à sua condição de herói americano, afirmando que não considerava McCain um heroi de guerra “porque foi capturado”. Por sua vez, o senador deixou sempre claro que via Trump e sua ideologia como uma “ameaça aos valores e tradições que conduziram os Estados Unidos à liderança no mundo.”
Perguntado como gostaria de ser lembrado, McCain disse: “Ele serviu ao seu País, nem sempre corretamente — cometeu muitos erros — mas serviu ao seu País e, creio que podemos acrescentar, com honradez.”
McCain era divorciado da primeira mulher, Carol. Em 1980, casou-se com a atual mulher, Cindy. Deixa sete filhos, três dos quais servindo às Forças Armadas. Uma filha, Meghan, é apresentadora do programa de TV da ABC, “The View”. A mãe, Roberta, ainda é viva, com 106 anos.