Os vizinhos do clube privativo Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, para onde o presidente pretende se mudar depois de deixar a Casa Branca em janeiro, não querem que o futuro ex-presidente seja vizinho. Um grupo de moradores de Palm Beach entrou com um processo legal para impedir que Trump resida no clube, e enviou uma carta ao Serviço Secreto e à prefeitura da cidade alegando que ele perdeu o direito de residência ao assinar um termo de compromisso em 1993, quando transformou o local em um clube. As informações são do jornal The Washington Post.
Acossado pelos altos custos de manutenção, Trump converteu sua propriedade de três acres de frente para o mar em um clube privativo, sustentado pelas mensalidades dos membros. De acordo com o termo de compromisso assinado para a conversão, nenhum membro do clube pode ficar mais que 21 dias por ano na propriedade, ou sete consecutivos.
O advogado dos vizinhos de Mar-a-Lago diz na carta que a cidade precisa notificar o presidente que ele não poderá morar na propriedade, e que o aviso vai evitar uma “situação constrangedora”, caso o futuro ex-presidente se mude para o clube e seja convidado a se reitirar em seguida.
Trump abriu mão dos direitos sobre o clube em favor do National Trust for Historic Preservation, concordando no termo de compromisso assinado a não usar a propriedade para “outro fim que não seja um clube”.
Os vizinhos reclamam de incômodos, como trânsito engarrafado e ruas interditadas sempre que o presidente visita o clube, local preferido de Trump. Em quatro anos de mandato, ele viajou para Mar-a-Lago pelo menos em 30 ocasiões, passando 130 dias no clube. Desavenças com regras do local, como a instalação de um mastro de bandeira acima do gabarito de altura da área, também pesam na vontade dos vizinhos de manter Trump longe dali.