O governador da Flórida, Ron DeSantis, disse no início desta semana que não pretende dar ordens para que as pessoas fiquem em casa para evitar a proliferação do coronavírus, já que acredita que outras medidas tomadas tenham efeito. Diante disso, prefeitos estão tomando a decisão para, segundo eles, protegerem suas comunidades.
O prefeito de Miami – que engloba Miami-Beach, Surfiside, North Bay Village, Indian Creek, Bal Harbour, Sunny Isles, Golden Beach, Aventura e Key Biscayne – determinou que seus moradores fiquem em casa e só saiam para “ir ao médico, fazer compras e sair para se exercitar”, disse o prefeito de Miami, Francis Suarez.
Isso quer dizer que 460 mil pessoas receberam ordens para ficar em casa. “Eu espero que as pessoas tenham entendido a mensagem e fiquem em suas casas”, disse Suarez.
A medida não atinge todo o condado de Miami-Dade, que tem 2,7 milhões de pessoas. A ordem específica para Miami gerou conflito com o prefeito do condado Carlos Gimenez, que engloba um maior número de cidades. “Nós fizemos a mesma coisa na semana passada, mas com outro nome”, disse Gimenez.
Praias, parques, restaurantes, bares, salões de beleza e muitos outros estabelecimentos comerciais já estão fechados na região. Quem não cumprir a ordem será advertido pela polícia, que a princípio não vai aplicar multas.
O condado de Miami-Dade tem hoje 367 casos de coronavírus.
Orlando
A ordem para ficar em casa no condado de Orange, onde fica a cidade de Orlando, entra em vigor às 11 da noite de quinta-feira (26) e vale para 13 municípios do condado, algo em torno de 1.3 milhões de habitantes.
Segundo o prefeito Jerry Demings, somente pessoas viajando a trabalho ou que estejam indo à farmácia e supermercados têm permissão para sair. As pessoas também podem se exercitar do lado de fora, desde que não estejam em grupos. A ordem vale por duas semanas.
O condado de Orange tem 52 casos confirmados da doença.
