Mark Mongiardo, morador de Estero, na Flórida, disse que quase teve sua vida destruída por conta de uma síndrome rara que estimula seu organismo a produzir álcool. A doença, descoberta em 2014, fez com que o homem de 40 anos e pai de dois filhos fosse demitido do cargo de professor do ensino médio sob acusação de “dar aulas embriagado”.
Logo após ficar desempregado, o ex-professor contou que levou duas DUI (abreviação de Driving Under Influence), por dirigir supostamente bêbado, em um período de seis meses. Como consequência, foi preso e teve que desembolsar milhares de dólares em multas e fianças . “”Eu perdi tudo”, disse ele em entrevista concedida semana passada ao ABC 7, quando falou sobre a enfermidade pela primeira vez. “Precisei vender minha casa, vender meu carro. Eu tinha acusações criminais pendentes. Eu estava enfrentando pena de prisão por DUI sem ter bebido”, lamentou.
A doença conhecida como Síndrome da Auto Fermentação, faz com que micróbios presentes no intestino convertam açúcar em álcool. Devido a condição pouco usual, o diagnóstico demora para ser concluído. Mongiardo relatou que chegou a suspeitar que estava bebendo sem se lembrar, quando ninguém estava por perto.
A resposta veio em 2014, quando o paciente conheceu o dr. Prasanna Wickremesinghe, de New Jersey. O médico disse ao jornal The New York Post que não há uma estrutura definida para identificar a doença, mas essencialmente o portador apresenta um efeito adverso aos antibióticos. Wickremesinghe acrescentou que está trabalhando para aumentar a conscientização sobre a síndrome entre a comunidade médica, a fim de ajudar possíveis pacientes.
Mongiardo iniciou o tratamento com pílulas que bloqueiam o produção do álcool, associado a uma dieta baixa em carboidratos. Hoje, com a situação controlada, ele diz que consegue levar uma vida normal. Todos os dias antes de sair de casa, faz um teste de bafômetro antes de pegar o carro carro. As acusações criminais por dirigir bebado também foram retiradas.
