O diretor médico da Moderna, dr. Paul Burton, disse que, até o ano 2030, a empresa vai oferecer vacinas contra o câncer e doenças cardiovasculares. A declaração foi feita no último sábado ao jornal britânico The Guardian. Burton afirmou que a companhia, que ficou mundialmente conhecida pela produção da vacina contra a covid-19, deve oferecer “antídotos” de prevenção contra todos os tipos de câncer. A tecnologia utilizada, segundo o especialista, será a do o RNA mensageiro.
Em fevereiro deste ano, a Moderna recebeu o aval da Food and Drug Administration (FDA), para acelerar testes da vacina contra o câncer de pele, que usa o mRNA em combinação com o medicamento Keytruda, da Merck. Os resultados de um estudo intermediário de fase 2 da farmacêutica mostraram que a terapia reduziu o risco de recorrência da doença após a cirurgia em 44%.“Acho que teremos terapias baseadas em mRNA para doenças raras”, disse Burton.
A molécula de mRNA instrui as células a produzir proteínas. Ao injetar uma forma sintética, as células passam a bombear proteínas no sistema imunológico. Uma vacina contra o câncer baseada em mRNA alertaria o sistema imunológico para um câncer que já está crescendo no corpo de um paciente, para que possa atacá-lo e destruí-lo, sem destruir as células saudáveis.