O Secretário do Trabalho dos Estados Unidos, Alexander Acosta, que tem status de ministro do governo Trump, não cedeu às pressões que pediam a sua renúncia e continua no cargo. Ele era o Procurador Federal da Flórida na época em que o bilionário investidor Jeffrey Epstein, então denunciado de tráfico sexual de crianças e adolescentes, obteve um acordo para escapar de boa parte das acusações e cumprir a pena em regime semiaberto.
Acosta, que mantém uma relação excelente com o presidente americano, rebateu as críticas dizendo que a atuação firme de sua equipe de procuradores fez com que o bilionário passasse um tempo na prisão. “Ele teria escapado sem sequer a privação de liberdade”, justificou o ministro. Ele, porém, não garantiu que tomaria a mesma decisão se o fato ocorresse nos dias de hoje. “Vivemos em um mundo diferente, não sei como o caso se desenrolaria hoje”, despistou.
O acordo feito em 2007 permitiu que Epstein admitisse um crime menor (prostituição) em troca da pena de 13 meses de prisão, com direito à saída durante o dia. Ele também foi registrado como infrator sexual. Depois que um magistrado classificou esse acerto de ilegal, procuradores federais em Nova York decidiram apresentar novas acusações de tráfico sexual contra o bilionário.
Segundo investigações, Epstein costumava atrair adolescentes para a prática de atos sexuais. Ele está preso, à espera da definição de sua fiança. Já Acosta e os procuradores da época estão sendo alvo de averiguações para saber os motivos para aquele acordo.