Cassius Dietrich, que trabalha para uma agência de viagens de Belo Horizonte, compareceu esta semana perante o tribunal federal em Miami para pedir liberdade sob fiança, mas a juíza federal Andrea M. Simonton negou porque ele não tem vínculos familiares ou de negócios no sul da Flórida e portanto representa risco de fuga.
Os documentos judiciais apresentados no caso indicam que Dietrich trouxe de contrabando pelo menos outros 40 estrangeiros, em troca de dinheiro.
O caso envolvendo Dietrich levantou suspeitas dos agentes de imigração por ele ter chegado ao Aeroporto Internacional de Miami em um voo procedente do Rio de Janeiro, em 7 de maio, acompanhado por duas jovens brasileiras, uma de 14 anos e outra de 18, cujos passaportes continham vistos de turistas legítimos.
Ao ser interrogado, Dietrich disse que estava levando as jovens para uma viagem a Orlando de férias. Mais tarde, porém, admitiu que não as conhecia e que seus pais lhe haviam pago $7,000 mais despesas com estadia e transporte para trazê-las aos Estados Unidos. O fato foi confirmado pelas garotas, entrevistadas separadamente, e cujo destino final seria Boston onde vivem seus pais como imigrantes indocumentados.
Agora, Dietrich aguarda que a Justiça marque uma nova data para sua audiência e ele pode ser condenado e cumprir pena nos EUA sob acusação de tráfico humano.
