Os Estados Unidos registraram na manhã de segunda-feira (20) cerca de 760 mil casos de coronavírus e mais de 40 mil mortes. Apesar desse número alarmante, milhares de pessoas em diversos estados ocuparam as ruas no último fim de semana pedindo a reabertura do comércio para a retomada da atividade econômica.
“Liberdade acima do medo”, “Fim do shutdown”, “Queremos queda na curva do desemprego”, diziam alguns cartazes.
Os protestos foram registrados no Texas, Maryland, Michigan, Ohio, Kentucky, Minnesota, Carolina do Norte, Utah, Colorado e Washington. No Sul da Flórida, os manifestantes saíram em carreata em Boca Raton, Delray Beach e Boynton Beach.
Em Denver, no Colorado, profissionais de saúde se posicionaram em frente aos protestantes no meio da rua, mostrando que são contrários ao movimento. Em Maryland, manifestantes fizeram buzinaço pelas ruas de Annapolis.
“Nós não vemos razão para deixar em casa os idosos e vulneráveis e permitir que os demais trabalhem”, disse um dos manifestantes.
“Se eu pegar o vírus, vou arcar com as consequências. Só não posso ficar sem trabalhar e sem dinheiro para pagar meu aluguel”, disse outro.
O médico que lidera a equipe de combate ao coronavírus na Casa Branca, Anthony Fauci, foi alvo dos protestos. Cartazes com os dizeres “Fire Fauci” foram vistos no Texas. Em entrevista na manhã desta segunda-feira à ABC, o médico disse entender a frustração, mas não acredita que seja o momento de reabrir o País. “Não há retomada de atividade econômica com um vírus circulando e com pessoas doentes”, disse o epidemiologista.
De acordo com as diretrizes do governo, os estados só devem começar a reabrir o comércio, parques e praias quando houver uma queda do número de casos por pelo menos 14 dias.