O U.S. Justice Department enviou um ofício ao juiz federal, Jeremy D. Kernodle, do Eastern District of Texas, nesta sexta-feira (1º ) pedindo que ele rejeite uma ação enviada por um grupo de deputados Republicanos, pressionando o vice-presidente, Mike Pence, a alterar o resultados da eleição presidencial de novembro.
O grupo liderado pelo deputado Louie Gohmet, do Texas, exige que Pence use a função de presidente do Senado que ele acumula para modificar uma lei de 133 anos que regulamenta os procedimentos do Colégio Eleitoral, instituição que oficializa o resultado das eleições nos EUA.
“De acordo com a 12º Emenda, Pence tem autoridade exclusiva para abrir e permitir a contagem dos votos eleitorais para um determinado estado, e onde houver listas de eleitores concorrentes, ou onde houver objeção a qualquer lista de eleitores, para determinar quais votos dos eleitores, ou se nenhum, serão contados “, argumentou a ação Republicana.
Na próxima quarta-feira (6) está marcada uma cerimônia onde as duas casas legislativas, Câmara e Senado, irão se reunir para contar os votos e nomear o presidente vitorioso no pleito de 2020. A função de abrir os envelopes caberá a Pence.
Diante disso, ele próprio pediu ao Justice Department para enviar uma recomendação ao juiz Kernodle para rejeitar a ação que envolve seu nome.
O vice classificou a ação de “uma contradição jurídica ambulante”: “Ironicamente, a posição do deputado Gohmert, se adotada pelo Tribunal, iria na verdade privá-lo de sua oportunidade como membro da Câmara, nos termos da Lei de Contagem Eleitoral, de levantar objeções à contagem de votos eleitorais e, em seguida, debatê-los e votá-los”.
Fontes ouvidas pelo jornal The New York Times disseram que o Justice Department comunicou a Casa Branca no início desta semana que Pence pediria ao juiz que rejeitasse a medida dos Republicanos.
No total, Trump e seus aliados entraram com cerca de 50 processos questionando os resultados das eleições, praticamente todos foram perdidos.
Até mesmo um dos aliados mais fervorosos do presidente, o agora ex Attorney General, William Barr, descartou há cerca de um mês que tenha havido qualquer indício de fraude para favorecer a vitória da chapa Biden-Harris.
Semanas após as declarações e Baar, o Colégio Eleitoral confirmou oficialmente a vitória Democrata nas urnas e Baar entregou sua carta de demissão a Trump.
Se o juiz responsável pelo caso aceitar as argumentações apresentadas pelo Justice Department em nome do vice-presidente, a ação de Gohmert encerrará de vez as chances, há muito improváveis, de uma mudança no resultado da eleição presidencial.
A posses de Joe Biden e Kamala Harris estão marcadas para o dia 20 de janeiro.