Nem a chuva atrapalhou o encerramento da Olimpíada do Rio de Janeiro que, depois de duas semanas, chegou ao fim na noite de domingo (21) em cerimônia no Maracanã. Com muito samba, espetáculos de dança e alegria dos atletas, a festa encheu os olhos da imprensa estrangeira.
Como aconteceu na abertura, a mídia estrangeira não só cobriu, mas também opinou sobre o evento. Nos primeiros momentos da festa, o mau tempo, a existência de lugares vazios no estádio, as cores vivas e a música nacional foram destacadas por veículos de fora..
Maior jornal do mundo, o norte-americano “New York Times” seguiu a cerimônia em tempo real e falou bastante e de forma positiva da trilha sonora, que teve música de Carmen Miranda e mais Martinho da Vila e Lenine cantando, entre outros. No todo, avaliou que a festa empolgou mesmo na reta final, quando o samba tomou conta do estádio.
“Agora, sim, um grande final com o espírito do Rio, com excesso de Carnaval. A música convida para um ótimo caos”, escreveu.
Na Argentina, o “Clarín” falou que a chuva espantou um pouco o público, mas também colocou que o “festival de cores” ficou bonito e que o “Rio encerrou os primeiros Jogos da América do Sul com uma festa histórica”.
Na Inglaterra, o “The Guardian” destacou a alta quantidade de “lugares vazios” no Maracanã, mas elogiou o uso do samba e o desfile de papagaios e vegetais gigantes.
O “Mundo Deportivo”, da Espanha, falou em “tradicionais jogos de luzes, música, fogos de artifício e uma presença muito mais forte dos atletas que na abertura”. O desfile dos atletas durou cerca de 50 minutos.
Outro americano, o “Washington Post” também elogiou de mais a trilha sonora. Colocou inclusive no título de sua reportagem sobre a cerimônia de encerramento: “Vamos dançar!”
O argentino La Nación fez uma comparação com o encerramento de Londres 2012, quando The Who, Queen, George Michael, Madness, Pet Shop Boys, Annie Lennox, Spice Girls e Paul McCartney fizeram shows inesquecíveis. Reconheceu que era difícil superar o apresentado há quatro anos, mas definiu o samba “a todo vapor”. Destacou ainda o lançamento do canal olímpico, uma plataforma digital com programação esportiva dedicada ao público jovem.
New York Times
Depois de criticar o biscoito Globo e provocar a ira dos cariocas, o New York Times se redimiu e escreveu um editorial elogiando a organização dos jogos. A publicação disse estar cansada das histórias negativas sobre o Brasil. “O mundo desenvolvido não gosta que países em desenvolvimento organizem um grande evento esportivo”, sentencia.
A publicação relembra como o país mudou nos últimos 30 anos, quando havia inflação galopante e as pessoas brincavam que a única saída para o país era o aeroporto internacional. Agora, segundo o jornalista Roger Cohen, o Brasil tem crescido e seus problemas persistem, mas só um tolo poderia negar que o Brasil terá um grande papel no século 21. “Como qualquer um que vai os Jogos Olímpicos deve sentir, o Brasil tem uma poderosa e alegre cultura nacional. É a terra do ‘Tudo bem’”. (Com informações do G1 e ESPN).