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Miami Seaquarium vai devolver baleia Lolita ao oceano após décadas em cativeiro

Orca foi retirada do seu habitat natural em 1970, quando tinha em torno de quatro anos de idade

Após mais de 50 anos fazendo shows para turistas no Miami Seaquarium, a orca Lolita vai finalmente retornar seu habitat natural. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (30), o CEO da Dolphin Company –empresa que controla o Seaquarium–, Eduardo Albor, afirmou que o traslado de Lolita para as águas do Pacífico deve ocorrer nos próximos 18 a 24 meses. A notícia foi festejada por ativistas que durante anos travaram uma luta com o parque para libertar a baleia que passou mais tempo em cativeiro no mundo. 

Lolita foi retirada do oceano em 1970, quando tinha em torno de quatro anos de idade. Ela integrava um grupo de cerca de 80 orcas monitoradas por biólogos na costa de Penn Cove, Puget Sound, em Seattle. Seu nome original era Tokitae, mas foi rebatizada ao chegar na Flórida. Desde a primavera de 2021 ela está aposentada das exibições públicas no Seaquarium. Na ocasião, membros da fundação PETA, People for the Professional Treatment of Animals, denunciaram que Lolita sofria maus-tratos, sendo presa em um tanque muito pequeno para um animal do seu tamanho, e sem nenhum contacto com outro membro da sua espécie.

“Temos pressionado por mais de uma década para dar a Lolita a oportunidade de algum alívio”, disse Jared Goodman, Conselheiro Geral da PETA. A prefeita de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, também comemorou a libertação da orca.  “Muitos trabalharam, oraram e esperaram por muitos anos”, disse Cava.

O custo da remoção da orca que pesa cinco mil pounds  (cerca de duas mil toneladas) está estimado entre dez a vinte milhões de dólares.  O valor inclui a água para transportá-la, um avião grande o suficiente para carregá-la com segurança, bem como o equipamento necessário para colocar e retirar a baleia da aeronave.

Apesar de ser chamada de “baleia”, a orca (Orcinus orca) pertence à família dos golfinhos, sendo o maior deles. Elas são discretas e podem ser identificadas pelas cores preta e branca.  Para os biólogos, é a killer whale (baleia assassina, em inglês). A fama de “matadora” é baseada na observação de cientistas, que notaram que ela caça outras baleias.

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