Na última segunda-feira (16), durante o amistoso de preparação olímpica entre Brasil e Estados Unidos em Washington, um dos burburinhos no universo do basquete em fóruns virtuais e comentários na televisão ficou por conta da reflexão em cima de Marcelinho Huertas. Ao mesmo tempo em que reforça a sensação de ser uma presença obrigatória em quadra no time que vai aos Jogos de Londres, o destaque brasileiro na derrota para os EUA levantou a questão sobre como um armador deste nível técnico está fora da NBA.
Depois de um primeiro quarto quase perfeito, a seleção de Rubén Magnano acabou derrotada no teste por 80 a 69. No entanto, horas depois do jogo o jornalista John Schuhmann, do site da NBA, atentou para a impressionante estatística de que o Brasil, contando apenas os minutos em que Huertas esteve em quadra, teve vantagem de 60 a 57.
O principal armador da seleção brasileira foi o destaque de seu time, com 11 pontos e 13 assistências (todo o time dos EUA registrou 11 assistências). Huertas esteve em quadra por 30min13 e, coincidentemente, no momento em que descansou no banco, no segundo quarto, o time de Magnano definhou no ataque e tomou uma surra.
Apesar da exibição marcante no ginásio Verizon Center, com direito a elogios dos norte-americanos, Huertas continua com o pé atrás sobre uma eventual oportunidade na terra do basquete, em um dos times da principal liga do planeta. Atual campeão espanhol pelo Barcelona e um dos melhores armadores na Europa, o brasileiro recebeu nos últimos anos sondagens de equipes como New York Knicks, Dallas Mavericks e San Antonio Spurs, mas está cauteloso em relação a uma aventura na NBA neste ponto da carreira.