Miami-Dade está avançando com uma proposta para reduzir o uso de plásticos descartáveis, que será votada na semana que vem, dia 20 de novembro. A medida visa eliminar plásticos e isopor em locais públicos, como o Aeroporto Internacional de Miami, PortMiami, parques e prédios administrativos, substituindo-os por alternativas mais sustentáveis, como garrafas de alumínio, latas e pratos compostáveis ou reutilizáveis. Se aprovada, a proposta tem como objetivo reduzir o impacto ambiental desses materiais, que afetam tanto a saúde humana quanto o meio ambiente.
O uso excessivo de plásticos descartáveis tem impactos cada vez mais graves, com microplásticos encontrados em locais inesperados, como leite materno e órgãos humanos, além de prejudicar a fauna marinha. A proposta de Miami-Dade busca enfrentar esse problema crescente, seguindo o exemplo de estados como Califórnia e Maine, que já implementaram políticas semelhantes para banir plásticos de uso único. Especialistas e ativistas enfatizam que é essencial não apenas reduzir o consumo desses materiais, mas também adotar políticas públicas mais amplas para lidar com sua produção e descarte.
Entidades como a Florida Retail Federation têm se oposto à medida, argumentando que ela poderia prejudicar pequenos negócios, sugerindo que o foco deveria estar em melhorar a reciclagem. No entanto, a indústria plástica tem falhado em criar sistemas de reciclagem eficazes e viáveis.
A proposta de Miami-Dade segue a tendência de outras regiões que buscam reduzir o uso de plásticos e que, em muitos casos, têm observado resultados positivos, como o Zoológico de Miami, que eliminou 340 mil garrafas plásticas no ano passado ao substituir esses produtos por alternativas como latas e garrafas de alumínio, um material 100% reciclável.