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MG registra outra morte no caso da cerveja contaminada

A polícia provou que a existência de um vazamento no tanque de produção da cerveja Belorizontina (Foto: Divulgação – Backer)
A polícia provou que a existência de um vazamento no tanque de produção da cerveja Belorizontina (Foto: Divulgação – Backer)

Depois de mais de 500 dias internado em um hospital de Belo Horizonte, morreu esta semana o empresário José Osvaldo de Faria, de 66 anos, a nona vítima fatal do caso da cerveja artesanal contaminada. No ano passado, ele ingeriu a bebida da marca Backer e passou a sentir os primeiros sintomas da intoxicação por solvente, como diarreia e vômitos.

José Osvaldo já estava sem enxergar e havia perdido boa parte dos movimentos do corpo. No tempo em que permaneceu na UTI, ele teve cinco paradas cardiorrespiratórias e nove pneumonias. Há poucas semanas, ele foi transferido para um quarto no hospital, mas continuava sendo tratado à base de hormônios e neurotransmissores.

De acordo com a associação formada por familiares de vítimas da cerveja, os advogados do empresário procuraram a cervejaria com o objetivo de obter ajuda para os gastos hospitalares, mas não foram atendidos. O tratamento estava sendo custeado por doações de amigos e de uma vaquinha virtual.

O inquérito da Polícia Civil investigou casos de possível intoxicação pelas cervejas da marca Backer, como a Belorizontina, e conseguiu provar, física e quimicamente, a existência de um vazamento em um dos tanques. No total, 11 pessoas foram indiciadas, entre eles três sócios da empresa e seis funcionários técnicos. O julgamento ainda não tem data marcada.

No entanto, o Ministério Público recebeu denúncias de que os donos da Backer têm se desfeito de imóveis e bens e transferido grandes somas em dinheiro, numa clara tentativa de dilapidar ou ocultar o patrimônio, evitando assim o pagamento de indenizações em caso de execução.

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