O jornalista Javier Enrique Rodríguez Valladares, cinegrafista e repórter do Canal 10 de notícias do balneário de Cancún, foi assassinado na quarta-feira (29). Esse foi o oitavo caso de um profissional da imprensa morto no México em 2018.
Valladares foi morto a tiros ao lado de um outro homem, ao que tudo indica um artesão, em uma das principais avenidas da zona urbana de Cancún. A Promotoria do estado de Quintana Roo e a família confirmaram a morte do jornalista. A identidade da segunda vítima não foi divulgada.
Até o momento não existem indícios de que o crime estaria vinculado ao trabalho da vítima, mas “todas as linhas de investigação estão abertas”, de acordo com a promotoria. Rodríguez Valladares trabalhava principalmente como cinegrafista, mas também fazia entrevistas e reportagens políticas, explicou o Canal 10, que tem sede em Cancún e é exibido pela televisão paga.
A imprensa local afirma que a ação teria sido um ataque direto contra o jornalista e teria acontecido quando ele pretendia vender um automóvel.
O assassinato de Rodríguez Valladares foi o terceiro de um profissional da imprensa em dois meses em Quintana Roo.
O México é considerado um dos países mais perigosos para os jornalistas e muitos crimes permanecem impunes. Em 2017, 11 profissionais foram assassinados e desde o ano 2000 o número supera 100, de acordo com organizações de defesa da liberdade de expressão.
