O mexicano Gaston Cazares, de 45 anos, foi deportado de San Diego, na Califórnia, para Tijuana, no México, depois de 30 anos vivendo ilegalmente nos EUA. Cazares não tem registros criminais, exceto o fato de ter entrado ilegalmente nos Estados Unidos.
Há seis anos, o mexicano, que trabalhava em um restaurante e mercado de frutos do mar, havia sido preso por agentes do Immigration and Customs Enforcement (ICE) e conseguiu ficar no País, já que tem um filho portador de autismo e alegou que precisava cuidar da criança. Desde 2012, ele era obrigado a comparecer para fazer o “check-in” na Imigração uma vez por ano.
Mas desde janeiro, muitos imigrantes como ele foram deportados depois de fazerem o registro anual. No caso do mexicano, em abril, quando foi fazer seu check-in anual, funcionários do ICE lhe informaram que ele seria deportado. O imigrante passou seis meses tentando mudar a decisão e fazer com que as autoridades federais reconsiderassem a decisão. Diversos grupos pró-imigrantes protestaram contra a decisão do governo, mas no dia 28 de setembro, ele foi preso e levado para Tijuana.
A porta-voz do ICE, Lauren Mack, disse que o pedido de Cazares para permanecer nos EUA foi negado por causa das atuais prioridades impostas pelo presidente à agência. “Enquanto o ICE continua a priorizar seus recursos de fiscalização para se concentrar em pessoas que representam uma ameaça à segurança nacional, à segurança pública e à segurança das fronteiras, o diretor interino da agência deixou claro que não isentará as classes ou categorias de imigrantes indocumentados”, disse. “Todos aqueles que violam as leis de imigração podem ser submetidos à prisão, detenção e, posteriormente deportados”, acrescentou.
Cazares chegou aos EUA em 1989, quando ele tinha mais ou menos 17 de idade. Ele foi visitar a família no México em 1998, pouco depois de o Congresso criar penalidades mais severas por violações de imigração.
Sua advogada, Nicole Leon, disse que a única maneira pela qual Cazares pode voltar é através de um ato no Congresso. Por enquanto, ele não sabe como vai continuar a manter a sua família que ficou nos EUA. (Com informações do Brazilian Times).