Um mexicano acusado de estuprar uma menina de 13 anos num ônibus da companhia Greyhound no Kansas já foi deportado 10 vezes e deixou voluntariamente os EUA outras 9 vezes, desde 2003. Três senadores republicanos, incluindo Jerry Moran e Pat Roberts (R-Kan.) exigiram em dezembro que o Departamento de Segurança Interna (DHS) libere os arquivos de Tomas Martinez Maldonado, de 38 anos, que foi acusado de cometer o crime em 27 de setembro, a bordo do ônibus no Condado de Geary, Kansas. Ele está detido na Penitenciária do Condado de Geary, em Junction City, distante 120 milhas de Kansas City.
O Senador Charles Grassley (R-Iowa), chefe do Comitê Judiciário, assinou em conjunto uma carta em 9 de dezembro com Moran e Roberts ao secretário do DHS, Jeh Johnson, na qual eles consideram “o caso bastante preocupante” e questionou como Maldonado foi capaz de reentrar e permanecer no país.
O Departamento de Imigração (ICE) informou que emitiu uma ordem de detenção, assim que ele for liberado da penitenciária. Documentos no tribunal revelaram que ele tem cometeu dois crimes ao retornar aos EUA sem permissão em casos julgados em 2013 e 2015 na Corte Distrital do Arizona, onde ele foi sentenciado a 60 dias e 165 dias respectivamente.
A advogada de defesa, Lisa Hamer, evitou comentar os detalhes do caso; mas acrescentou que “as leis criminais e de imigração se cruzam e, atualmente, seria responsabilidade de qualquer advogado de defesa conhecer as ramificações prováveis nos tribunais de imigração”.
Em todo o país, 52% de todas as ações judiciais no ano fiscal que terminou em 30 de setembro foram relacionadas à entrada clandestina ou reentrada sem permissão legal e violações migratórias similares, informou o Transactional Records Access Clearinhouse na Universidade Syracuse.