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Mesmo com a crise, Brasil fica entre os países com mais milionários

O número de milionários brasileiros chegou a 172 mil no último ano

Apesar de o Brasil viver uma das piores crises econômicas de sua história, o número de milionários no país continua a se expandir. Dados do banco Credit Suisse apontam que 11 mil novos brasileiros passaram a ser considerados detentores de fortuna acima de $1 milhão, o que colocou o Brasil entre as dez nações que mais ganharam milionários no último ano. Os dados contrastam com a realidade econômica do país. Segundo o estudo divulgado na Suíça na segunda-feira (21/11), o Brasil “enfrenta sérias dificuldades”.

O país que teve o maior aumento no total de milionários em 2016 foi o Japão, com 738 mil novas pessoas nessa categoria, para um total 2,8 milhões. Nos EUA, os muito ricos já são 13,5 milhões, contra 1,6 milhão na Alemanha. Entre as maiores economias da América Latina, o total de milionários caiu na Argentina e no México. A China, com 1,5 milhão de milionários, perdeu 43 mil pessoas nessa categoria. No mundo, o total de milionários passou de 32,3 milhões, em 2015, para 32,9 milhões, em 2016 – foram adicionados 596 mil novos milionários à lista de um ano para o outro.

Esse crescimento do total de milionários significa maior concentração de riqueza. Segundo os dados, a desigualdade econômica continua a aumentar e mais de 50% da riqueza global está nas mãos de apenas 1% da população. O levantamento do Credit Suisse constata que a crise econômica que assolou o mundo a partir de 2008 gerou uma concentração de renda. Naquele ano, a camada mais rica detinha 45% do patrimônio mundial. A taxa aumentou para 49,6% em 2015 e, agora, para 50,8%.

Mais ricos

No topo da lista, o banco aponta os suíços como a população com a renda média mais elevada do mundo. O patrimônio de cada adulto chega a $561 mil, um incremento de 142% em comparação ao ano 2000. Doze por cento da população do país alpino é considerada como milionária.

Os últimos 15 anos também registraram um salto inédito no número de ricos. Em 2000, esse grupo era formado por 12,4 milhões de pessoas. Desde então, 20 milhões de novos integrantes entraram na categoria, sendo que 2,6 milhões deles vieram dos mercados emergentes. Até 2021, a estimativa é de 45 milhões de pessoas estejam nesse grupo de privilegiados. Do outro lado da pirâmide social estão os 20% mais pobres do mundo, que reúnem menos de 1% do PIB global.

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