Um cirurgião ortopédico de 38 anos e sua namorada de 31 estão sendo acusados de seduzir, drogar e estuprar mulheres na Califórnia. Até o momento, a polícia falou sobre dois casos, mas acredita-se que dezenas de mulheres foram vítimas do casal Grant Robicheaux e Cerissa Riley.
O casal escolheu as vítimas em um bar de Newport Beach e em um restaurante. Ambas foram drogadas e levadas ao apartamento do médico.
No celular de Robicheaux foram encontrados “centenas de vídeos de mulheres nuas em vários estados de consciência sendo agredidas”, revelou a porta-voz da promotoria, Michelle Van Der Linden.
A denúncia ocorreu no dia 11 de setembro, e foi divulgada na terça-feira (18) para incentivar outras mulheres a denunciar o casal. Uma das mulheres disse que Cerissa se aproximou dela em um bar, a convidaram para o apartamento onde a drogaram e estupraram. No outro dia, ela fez diversos exames e acionou a polícia. Seis meses depois outra mulher denunciou o casal pelo mesmo crime.
“As pessoas normalmente acreditam que os estupradores são homens estranhos que provocam medo, que se escondem entre os arbustos”, quando “a verdade é que estão em todas as classes sociais”, disse o promotor do condado de Orange, Tony Rackauckas, em entrevista coletiva.
O médico chegou a participar de um programa de TV, há quatro anos, chamado “Online Dating Rituals of the American Male”.
“Acreditamos que usavam a beleza e a boa conversa para baixar a defesa de suas presas”, disse o promotor.
Os dois foram denunciados por estupro por meio de narcóticos, sexo oral forçado e tráfico de narcóticos, entre outros crimes. O médico também foi denunciado por porte ilegal de arma.
Robicheaux corre o risco de pegar até 40 anos de prisão e Riley, mais de 30.
“Os investigadores me disseram que os telefones não param de tocar com informações sobre os dois”, disse à AFP Michelle Van Der Linden.
O casal foi libertado após pagar fiança de 100 mil dólares. Os advogados do casal disseram à CNN que as acusações são falsas e que não houve sexo sem consentimento. (Com informações da CNN e AFP).