DA REDAÇÃO – O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal informou, na quinta-feira (19), que cassou a licença de exercício profissional do médico Denis César Barros Furtado, o Dr. Bumbum, apontado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como principal suspeito da morte da gerente de banco Lilian Calixto, 46, na madrugada do último domingo (15), em decorrência de uma intervenção estética. As informações são do UOL.
Marcelo, conhecido como Dr. Bumbum, foi preso com sua mãe na tarde de quinta-feira (19). Nesta sexta-feira (20), Denis e Maria de Fátima Furtado estão sendo ouvidos novamente na 16ªDP, na Barra da Tijuca. A polícia também investiga as anotações criminais sobre homicídios que constam na ficha do médico e da mãe. A de Denis tem como registro o ano de 1997 e de Maria de Fátima uma passagem por homicídio nos anos 90.
Os investigadores querem saber mais detalhes sobre o que aconteceu na cobertura durante a intervenção estética e o que levou a bancária Lilian Calixto à morte.
Na manhã desta sexta, o advogado Marcus César Braga, que defende o médico Denis Furtado e a mãe, Maria de Fátima Furtado, disse na manhã desta sexta-feira (30) que é preciso averiguar o que aconteceu com a paciente Lilian Calixto depois que ela deu entrada no hospital.
Em nota, o Barra D’or onde Lilian foi atendida disse que o atendimento foi adequado e que passou as informações para a polícia.
“O hospital reafirma que prestou adequado atendimento à paciente e, devido ao caso, acionou as autoridades competentes que encontram-se apurando o ocorrido”.
Ainda de acordo com o conselho, o processo foi concluído com a cassação do exercício profissional de Furtado, que será submetida ao CFM (Conselho Federal de Medicina). O motivo que levou à cassação do registro não foi esclarecido.
Entenda o caso
A bancária Lilian Calixto morreu após se submeter a um procedimento estético na cobertura do médico, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
A paciente saiu de Cuiabá (MT), onde mora, para realizar um procedimento estético nos glúteos. Ela foi atendida no sábado (14) em um apartamento na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense –prática condenada pelo Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro), que informou que vai investigar o caso.
Após a intervenção, a paciente passou por complicações e foi levada pelo próprio médico para o Hospital Barra D’Or, onde chegou em estado considerado extremamente grave. De acordo com a unidade de saúde, mesmo após “manobras de recuperação”, não foi possível reverter o quadro de saúde e Lilian acabou morrendo na madrugada de domingo (15).
O médico e a mãe dele, Maria de Fátima, que também teria participado do procedimento, estão foragidos.