Centenas de pessoas participaram de uma manifestação em São Paulo (SP) contra a política de combate à pandemia imposta pelo governador do estado, João Doria. As novas medidas restritivas para conter o avanço da covid-19, anunciadas na semana passada, vão impactar até serviços essenciais, com supermercados, com a recomendação de escalonamento no horário de entrada de funcionários. Aulas presenciais na rede estadual, cultos religiosos e atividades esportivas estão suspensos até o dia 31 de março.
Nas últimas 24 horas, foram reportadas 1,127 mortes e 43,812 novos casos de coronavirus no Brasil, de acordo com o ministério da Saúde brasileiro. A semana passada foi a mais letal desde o começo da pandemia, há pouco mais de um ano.
Os manifestantes, reunidos na Avenida Paulista, no centro da cidade, levaram cartazes pedindo “intervenção militar” com “Jair Bolsonaro no poder”. Alguns pediram a implantação do Ato Institucional 5, responsável, ao ser decretado em 1969, pelo período mais duro da ditadura militar que dominou o Brasil por quase trinta anos. Outros exigiram o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o que é proibido pela Constituição de 1988.
A maioria dos manifestantes não usava máscara e não respeitava as medidas de distanciamento social recomendadas pela Organização Mundial de Saúde.