Vídeos que se espalharam nas mídias sociais no sábado (29) mostram um grupo agitando bandeiras estampadas com a suástica, fazendo a saudação nazista e gritando insultos antissemitas para os motoristas que passavam entre a Alafaya Trail e Waterford Lakes Parkway, em Orlando. Os manifestantes, muitos deles usando vestimentas militares, também foram gravados em uma luta corporal com pelo menos uma pessoa que tentou confrontá-los. Nenhuma prisão foi realizada e o grupo deixou a área no início da tarde.
Ainda no sábado, outras pessoas exibiram um enorme banner com o símbolo nazista no viaduto Daryl Carter Parkway na I-4, também na área de Orlando. Segundo o Orange County Sheriff’s Office, eles foram dispersados rapidamente e estão sendo investigados.
Os episódios causaram reação entre as autoridades políticas do estado. Pelo Twitter, o prefeito de Orlando, Buddy Dyer, disse que “apesar das demonstrações de intolerância na Flórida Central neste fim de semana, nosso compromisso coletivo de construir uma comunidade inclusiva e compassiva para todos está mais forte do que nunca”. O senador estadual Rick Scott, do Partido Republicano, também foi ao microblog comentar: “Nojento”, falou Scott, acrescentando, “as manifestações odiosas não têm lugar em nosso estado. Devemos condená-las e continuar firmes com nossas comunidades judaicas”. A deputada democrata Anna Eskamani cobrou um posicionamento do governador Ron DeSantis. Mas até o momento, ele não emitiu nenhum declaração diretamente.
A secretária de imprensa de DeSantis, Christina Pushaw, publicou uma mensagem no Twitter, mas apagou logo em seguida, não antes de o comentário ser printado pelo site FloridaPolitics.com. “Nós sequer sabemos se eles são nazistas?”dizia o texto. Mais tarde, Pushaw adicionou um novo post: “O governador Ron DeSantis SEMPRE condenou ataques antissemitas e ódio, e sempre o fará. Estou confiante de que a aplicação da lei da Flórida será feita a qualquer manifestante que viole a lei”.
O Florida Department of Highway Safety and Motor Vehicles informou que é ilegal obstruir o tráfego rodoviário ou pendurar placas nos viadutos e os infratores serão processados.
De acordo com a plataforma ADL- Anti-Defamation League- o grupo “abertartamente adorador de Hitler e adepto do National Socialism Movement clama por uma ‘grande América’ totalmente branca, que negaria a cidadania e praticamente toda proteção legal a não-brancos, judeus e à população LGBTQ.”