Na quinta-feira (20) movimentos pró-presidente também se reuniram
Manifestações realizadas no domingo (16), no Brasil
DA REDAÇÃO (com UOL) – Pelo menos 59 cidades em todos os estados brasileiros e o Distrito Federal participaram no domingo (16) da terceira grande manifestação nacional do ano contra o governo da presidente Dilma Rousseff, com público geral calculado pelas polícias militares estaduais em 795 mil pessoas. Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT foram novamente os principais alvos dos atos, que pediram o impeachment da presidente.
Na primeira manifestação, no dia 15 de março deste ano, o público estimado pelas PMs dos Estados foi de 2 milhões. Em 12 de abril, ao menos 560 mil participantes foram para as ruas, segundo as PMs. As corporações do Rio de Janeiro e de Pernambuco não divulgaram estimativa de público neste domingo (16). As PMs também não registraram nenhum grave incidente de violência ou vandalismo pelo país.
Dois dos principais nomes da oposição no Brasil participaram pela primeira vez das manifestações nas ruas. Em Minas Gerais, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que não aceita “tanta impunidade, corrupção e mentira” e foi carregado nos ombros por populares. Já em São Paulo, onde ocorreu a maior manifestação, na avenida Paulista, com 135 mil pessoas segundo o Datafolha e 350 mil segundo a PM.
Na semana que antecedeu os protestos, a presidente Dilma manteve uma agenda de eventos em que tentou se reaproximar de movimentos sociais. Outra reação do governo foi apoiar a chamada Agenda Brasil, relações de propostas elaborada por senadores governistas e ministros para tentar ajudar na recuperação econômica do país.
Pró-governo
Na quinta-feira (20), movimentos de apoio à presidente se reuniram em 22 estados e no Distrito Federal. Eles são contra a impugnação de Dilma e de qualquer outra ameaça ao mandato dela, como destaca a Coordenadora Geral do Sindicato de Educação de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira.
“É uma convocação bem ampla por muita gente que luta pelos direitos em nosso País e em nosso Estado. Nossa preocupação é despertar o público contra o golpe, que tem se pensado em nosso País. A retirada de uma presidente eleita democraticamente e sem ter cometido nenhum crime que justifique a retirada dela”.