DA REDAÇÃO, COM BRAZILIAN VOICE – O tatuador Edson Carlos Ferreira Júnior, de 30 anos, foi morto na sexta-feira passada (18/12) com três tiros no interior de seu estúdio, no bairro Altinópolis, no município de Governador Valadares (MG). A morte violenta de Júnior chocou a comunidade brasileira em Massachusetts, onde ele morou durante vários anos e era conhecido pelo apelido de “Juninho Play”.
Conforme a Polícia Militar, o autor do homicídio ainda não foi localizado, entretanto, agentes continuam as investigações. O major Jaques Gonçalves detalhou ao jornal Diário do Rio Doce que, pouco antes do crime, a vítima teria discutido com o suposto assassino. “Estamos tentando identificar o autor dos disparos para assim fazermos a sua prisão”, disse Gonçalves.
Segundo vizinhos do tatuador, recentemente, ele teria feito uma tatuagem em uma mulher e o companheiro dela não gostou. Já outra versão revela que tal mulher não teria pago pelo trabalho e seu companheiro, como não gostou da tatuagem, foi tirar satisfações com Juninho. As autoridades locais não confirmaram nenhuma das duas possibilidades.
“Teve um fato em sequência: O roubo à uma motociclista. Estamos apurando se há ligação do homicídio com esse crime, mas ainda não temos confirmação”, detalhou Gonçalves.
As autoridades acrescentaram que o tatuador não tinha passagem pela polícia e tinha se mudado para o bairro recentemente. O corpo da vítima foi levado ao Posto de Perícia Integrada (PPI).
Outras vítimas
Em 2015, Edson não foi o único ex-imigrante a morrer de forma violenta ao retornar ao Brasil. Na noite de 14 de outubro, Rafael Bernardi, de 24 anos, ex-morador em Newark (NJ), foi morto a tiros no quarto de sua residência na região central de Goioerê, interior do Paraná.
Agentes da Polícia Civil da cidade ainda investigam as circunstâncias do crime na tentativa de identificar o assassino e descobrir o motivo. O crime foi notificado à polícia pelo irmão da vítima, Gabriel Bernardi. Na ocasião, ele detalhou às autoridades locais que estava em outro quarto da casa quando ouviu vários disparos e, ao verificar, encontrou Rafael morto em cima da cama. Na residência, foi encontrada uma pistola calibre 0.32 mm, com munições 7.65, entretanto, o projétil encontrado próximo à vítima era possivelmente calibre 0.38 mm.
Os detetives responsáveis pelo caso ouviram o depoimento das pessoas que estavam no local no momento do crime, o irmão da vítima e a namorada. Além disso, foram ouvidos os familiares de Rafael, para conhecer os relacionamentos da vítima.
Rafael morou no bairro do Ironbound, em Newark (NJ), e trabalhou como garçom em um restaurante local. Em 22 de janeiro desse ano, o jovem havia postado a seguinte mensagem em sua página no Facebook: “Não me pega mais!!! Kkkk. Brasil outra vida!” (sic), tendo como ilustração uma estrada norte-americana coberta de neve.
Em setembro, o valadarense Fernando Franco, de 52 anos, foi morto a facadas no distrito de Vai e Volta, na cidade de Tarumirim (MG). A vítima sofreu perfurações no peito, mão e pescoço. O principal suspeito do homicídio é o suposto companheiro de Fernando, que foi detido e encaminhado à delegacia de Governador Valadares (MG), segundo o site Plantão Policial Ipatinga. As autoridades locais ainda investigam a motivação do crime.
Segundo o jornal Brazilian Times, Franco residiu durante vários anos na região do MetroWest, Massachusetts, e era cidadão norte-americano naturalizado. A vítima era popular na área, pois participou e deu início a vários trabalhos sociais, especialmente escolas e igrejas. Revoltados, internautas postaram mensagens no Facebook detalhando que o suspeito é conhecido pelo apelido de “Likim” e que também já teria morado em Massachusetts.