A Itália vai aumentar os gastos para amenizar o caos causado pelo coronavírus no país e pode restringir ainda mais a movimentação de pessoas para conter a proliferação da doença.
O número de mortos devido ao surto de coronavírus no país europeu subiu para 1.016, um aumento de 23%, informou a Agência de Proteção Civil do país nesta quinta-feira (12).
O número total de casos na Itália, o país europeu mais afetado pelo vírus, subiu para 15.113 em comparação aos 12.462 anteriores, um aumento de 21,7%. Isso marcou o maior aumento diário em termos absolutos desde que o contágio surgiu pela primeira vez em 21 de fevereiro.
A agência disse que, dos originalmente infectados, 1.258 se recuperaram totalmente. Cerca de 1.153 pessoas estavam em terapia intensiva em relação ao total anterior de 1.028.
Foi o maior aumento diário em termos absolutos registrado em qualquer lugar do mundo desde que o vírus surgiu na China no fim do ano passado. Os casos confirmados em toda a Itália subiram para 12.462 em relação aos 10.149 anteriores.
Reconhecendo a emergência crescente, o governo destinará 25 bilhões de euros para ajudar a reduzir o impacto na economia já frágil — há uma semana, ele estimou que o país precisaria de apenas 7,5 bilhões de euros
Como uma interdição inicial no norte não conteve a disseminação, na segunda-feira o governo proibiu todas as viagens não essenciais e as aglomerações públicas no país até 3 de abril, suspendeu todos os eventos esportivos e prorrogou o fechamento das escolas.
Os idosos são particularmente mais suscetíveis ao vírus, e a Itália tem a população mais idosa da Europa, com 23% das pessoas com 65 anos ou mais. Especialistas dizem que isso pode explicar por que a taxa de fatalidade ali é de 6,6% – significativamente mais alta do que em outros lugares.