Profissionais de saúde em centenas de hospitais e instalações médicas da Kaiser Permanente em diferentes estados americanos entraram em greve na manhã de quarta-feira (4). Os mais de 75 mil trabalhadores – incluindo enfermeiros, técnicos de emergência, farmacêuticos, entre outros – reivindicam soluções para resolver a escassez de pessoal que se intensificou desde o início da pandemia de Covid-19, além de melhores salários e benefícios. Essa é a maior greve de saúde da história, segundo os sindicatos.
A Kaiser, com sede em Oakland, Califórnia, é uma das maiores prestadoras de serviços de saúde sem fins lucrativos dos Estados Unidos, atendendo quase 13 milhões de pacientes. A maioria dos trabalhadores da Kaiser em hospitais e consultórios médicos na Califórnia, Colorado, Oregon, Virginia, Distrito de Columbia e estado de Washington estará em greve durante três dias, até sábado (7) de manhã, exceto os funcionários de Virginia e de Washington D.C., que estarão em greve durante 24 horas.
A Kaiser Permanente anunciou que seus hospitais e departamentos de emergência permanecerão abertos durante a greve, com médicos e outros funcionários. A organização disse que está integrando profissionais que atuarão em funções de cuidados intensivos durante a greve. Também alertou os pacientes que os atendimentos não emergenciais e eletivos poderão ser remarcados.
Segundo comunicado, a organização está trabalhando para expandir a sua rede de farmácias e incluir farmácias comunitárias, para garantir que os pacientes possam ter acesso a medicamentos no caso de as farmácias ambulatoriais fecharem temporariamente. As farmácias de internação nos hospitais Kaiser permanecerão abertas.
A greve dos funcionários da Kaiser Permanente é a mais recente ação dos trabalhadores organizados este ano, uma vez que a inflação e a escassez de mão-de-obra levaram as tensões sobre salários, benefícios e pessoal a um ponto de ebulição. Mais de 25 mil membros do United Auto Workers estão atualmente em greve contra a Ford Motor, General Motors e Stellantis. Os escritores de Hollywood realizaram uma greve de 150 dias que terminou na semana passada depois de garantirem um aumento salarial e melhores benefícios.