Quatrocentas e cinquenta pessoas com porte de armas na Flórida receberam ordens para entregarem suas armas sob uma nova lei, que entrou em vigor após o atentado em uma escola de Parkland em fevereiro, em que 17 inocentes foram mortos, segundo um relatório publicado na segunda-feira (30).
A Ordem de Proteção ao Risco (Risk Protection Order), assinada pelo governador da Flórida, Rick Scott, apenas três semanas depois do massacre da Stoneman Douglas, pretende remover temporariamente armas de portadores que foram consideradas, por um juiz, uma ameaça para eles mesmos e/ou para os outros. Entre eles, pessoas com problemas mentais, que têm passagem pela polícia ou que oferecem algum risco para a sociedade.
Desse total, apenas 200 armas foram confiscadas, já que os proprietários entram na Justiça contra a decisão.
“Cerca de 200 armas de fogo foram confiscadas no Estado desde que a lei foi promulgada”, disse o sargento Jason Schmittendorf, do Gabinete do Sheriff de Pinellas County à WFTS-TV. “Cerca de 30 mil cartuchos de munição também foram levados”, disse ele.
“É um direito constitucional de portar armas, e quando você está pedindo ao tribunal para privar alguém desse direito, é preciso ter certeza de que está tomando boas decisões. Decisões corretas sob as corretas circunstâncias garantem isso,” disse o xerife de Pinellas County, Bob Gualtieri, à emissora.
A primeira apreensão de armas sob a nova lei ocorreu em abril, quando as autoridades da Flórida confiscaram um fuzil semiautomático AR-15 de um veterano do Exército.
A arma de Jerron Smith foi apreendida quando ele se recusou a entregá-la voluntariamente, disse o Gabinete do Xerife do Condado de Broward na época. Os policiais também apreenderam um fuzil calibre 22 que ele possuía, centenas de cartuchos de munição e vários outros itens relacionados a armas.
Além de confiscar armas, a lei também aumentou a idade permitida para comprar um rifle para 21 anos, e estabeleceu um período de espera de três dias para a compra de armas legais.