DA REDAÇÃO – 356 elefantes morreram misteriosamente desde maio, em Botswana, na África. Um fenômeno que alguns cientistas chamaram de “desastre da conservação”. A causa ainda é desconhecida.
Os cadáveres foram encontrados com as presas intactas, sugerindo que a causa da morte não foi a caça furtiva de marfim. As investigações trabalham mais fortemente com duas possibilidades: envenenamento ou alguma bactéria desconhecida. Porém, os bloqueios feitos no país para impedir a propagação da Covid-19, tem dificultado o acesso dos pesquisadores para realizar testes mais detalhados.
“Se você olhar para os cadáveres, alguns caíram direto de rosto, indicando que morreram muito rapidamente. Outros estão obviamente morrendo mais devagar, como os que estão vagando. Portanto, é muito difícil dizer o que é essa toxina”, disse ao jornal The Guardian, Niall McCann, diretor de conservação do National Park Rescue.
Segundo relatos dos moradores locais, 70% das carcaças dos elefantes –de todas as idades– foram encontradas próximas a poças d’água, dando a entender que o problema pode estar relacionado ao consumo de água. Eles também disseram terem visto elefantes andando em círculos antes de morrerem, sugerindo um problema neurológico.
Esta não é a primeira morte de elefantes em Botswana. Em 2019, mais de 100 animais morreram durante um período de dois meses no outono, impulsionado principalmente pela seca. Algumas dessas mortes foram causadas pela ingestão da bactéria anthrax, encontrada no solo. A população de elefantes em Botsuana ultrapassa os 130 mil, maior que em qualquer outro país da África.