A imprensa americana tem sido alvo da fúria do presidente Donald Trump, que ataca os veículos de comunicação e afirma que a maioria não passa de ‘fake news’, desde que contrariem seus interesses. Nesta quinta-feira (16), em um movimento simultâneo, cerca de 300 jornais publicaram editoriais falando sobre o tema.
O movimento começou pelo Boston Globe e foi seguido pelo The New York Times, Arizona Daily Sun, North Litte Rock Times, Sunsentinel, entre outros. Os textos explicam o papel da imprensa na sociedade e mostra que os jornalistas não são inimigos dos consumidores de informação.
Trump é acusado de qualificar algumas organizações jornalísticas de inimigos do povo americano. Na manhã de quinta-feira, 16, o presidente reagiu à ação. “A imprensa das fake news é o partido de oposição. É muito ruim para o nosso grande país… Mas estamos ganhando”, escreveu ele em sua conta no Twitter.
O conselho editorial do Boston Globe publicou um artigo acusando Trump de conduzir um “continuado ataque à imprensa livre”. “A grandiosidade dos EUA depende do papel de uma imprensa livre para falar a verdade aos poderosos”, diz o texto. “Afirmar que a imprensa é ‘inimiga do povo’ é não-americano e perigoso para o pacto cívico que compartilhamos por mais de dois séculos.”
Ao tratar os veículos de comunicação muitas vezes como um partido de oposição, Trump respondeu às reportagens nada lisonjeiras a ele como fake news. Em fevereiro de 2017, o republicano escreveu em sua conta no Twitter: “A imprensa das fake news (…) não é minha inimiga, é inimiga do povo americano”, citando o New York Times e emissoras como CNN e CBS.
O New York Times publicou em seu editorial um pedido de ajuda aos cidadãos americanos para defender a liberdade de imprensa contra os ataques de Trump. “A imprensa livre precisa de você”, diz o título. (Com informações da CBS e Estadão).