A maioria dos norte-americanos acredita que o presidente eleito Donald Trump vai endividar ainda mais o governo dos Estados Unidos em seu novo mandato, embora a maioria dos republicanos não compartilhe das preocupações dos democratas sobre sua gestão fiscal, de acordo com uma nova pesquisa Reuters/Ipsos.
A pesquisa de dois dias, encerrada na quinta-feira (7), mostrou que 62% dos entrevistados – incluindo 94% dos democratas e 34% dos republicanos – disseram ser provável que as políticas de Trump “aumentem a dívida nacional dos EUA”.
Trump triunfou na eleição presidencial desta semana após prometer cortes de impostos para empresas, trabalhadores e beneficiários da Previdência Social – bem como tarifas mais altas sobre produtos importados e deportações em massa de imigrantes.
Os republicanos parecem estar preparados para possivelmente ganhar o controle de ambas as câmaras do Congresso, dando-lhes poderes abrangentes pela primeira vez desde 2017 para aprovar uma ampla agenda que também inclui cortes de gastos e desregulamentação de energia. Isso também os forçará a enfrentar o dilema de buscar políticas que possam prejudicar a meta há muito proclamada pelo partido de controlar a dívida de $35 trilhões do governo.
As propostas de corte de impostos de Trump poderiam acrescentar $7.5 trilhões à dívida do país na próxima década, de acordo com o não partidário Committee for a Responsible Federal Budget (Comitê para um Orçamento Federal Responsável).
Os democratas estão mais preocupados com a perspectiva fiscal sob Trump, segundo a pesquisa. Cerca de 89% dos entrevistados democratas que Trump deve aumentar a dívida, em comparação com 19% dos republicanos. Os republicanos no Congresso apontam para os ganhos dinâmicos nas receitas de impostos federais desde 2017 como prova de que os cortes de impostos de Trump aumentaram as receitas e dizem que sua agenda atual trará mais do mesmo.
Ainda assim, o déficit federal aumentou para $1.833 trilhão no ano fiscal de 2024, já que os juros da dívida ultrapassaram $1 trilhão pela primeira vez. A pesquisa, realizada on-line, entrevistou 1,471 adultos em todo o país e tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais.
