Uma mãe da área de Boca Raton e sua filha de Plantation cometeram fraude de saúde usando a farmácia da família e são acusadas de praticar crimes federais.
A Promotoria indiciou Mirosis Gonzalez, 58, e Berioska Sosa, 33, por 18 acusações cada, tais como fraude de saúde, conspiração para cometer fraude de saúde e fraude eletrônica, conspiração para pagar propinas de saúde e pagamento de propinas em conexão com um programa federal de saúde.
Elas eram donas da Aviva Care Pharmacy (2053 N. University Dr), usada para fraudar o programa Medicare e os valores atingem $12,172,791 e $8,456.406. A primeira quantia refere-se à quantidade de alegações falsas apresentadas por Gonzalez e Sosa ao Medicare em nome da Aviva Care para medicamentos prescritos e equipamentos médicos duráveis, como itens ortopédicos. A segunda diz respeito à quantia que a Aviva Care supostamente recebeu do Medicare por meio das reivindicações fraudulentas.
A acusação diz que Gonzalez e Sosa executaram o golpe entre agosto de 2016 e maio de 2020. Os registros estaduais dizem que a Aviva foi registrada pela primeira vez no estado em 2014, com Gonzalez como uma das donas. Ela é a única diretora listada e a agente registrada na lista estadual atual da Aviva, embora com dois endereços – sua casa no condado de Palm Beach e o apartamento alugado em Plantation que um banco de dados indica ser a casa de Sosa.
No meio desse período, em abril de 2018, os registros de propriedade do condado de Palm Beach confirmam que Gonzalez e Howard Friedman compraram uma casa no Lexington Homes Estates de três quartos e dois banheiros, construída em 1993, no condado de Palm Beach por $375 mil. Se Gonzalez for condenada e os promotores puderem comprovar que o dinheiro para compra daquela casa foi proveniente da fraude, esse imóvel pode ser confiscado. Na mesma região, uma casa construída em 1991 foi vendida por $500 mil em dezembro passado.
Quanto ao suposto esquema, a acusação descreve um esquema padrão de fraude do Medicare, começando com propinas pagas aos recrutadores de pacientes, que encaminham beneficiários do Medicare e pedidos médicos de medicamentos ou equipamentos para o Aviva Care. A acusação diz que esse golpe incluiu subornos a empresas de telemedicina cujos médicos faziam pedidos de equipamentos e medicamentos desnecessários que não eram elegíveis para reembolso do Medicare.
“Essas ordens médicas foram escritas por médicos de empresas de telemedicina que não tinham relações médico-paciente pré-existentes com os beneficiários”, diz a acusação, “não estavam tratando os beneficiários, não realizavam exames físicos e não realizavam visitas de telemedicina adequadas.”
Essas reivindicações, diz a acusação, eram então submetidas ao Medicare para reembolso.
As súmulas do tribunal confirmam que cada mulher se rendeu na quinta-feira (8), sob fiança de $150 mil, e o Bureau of Prisons diz que elas foram liberadas na segunda-feira (12).
Elas serão indiciadas e entrarão com apelação em 20 de setembro.