Adriana Martínez, a mãe do jovem acusado de matar 19 crianças e duas professoras em uma escola de ensino fundamental no Texas, disse que o filho “tinha suas razões para fazer o que fez”, e pediu para que as pessoas “não o julguem”. Ao ser perguntada por um repórter da CNN na sexta-feira (27) sobre quais razões o levaram a abrir fogo contra pessoas inocentes, entretanto, ela não soube responder. A matriarca disse que só quer uma coisa: “Que eu e meu filho sejamos perdoados”.
Salvador Ramos, de 18 anos, foi morto pelos policiais momentos após o massacre. Martínez afirmou que não sabia que o filho havia comprado armamento. Segundo as autoridades locais, o jovem adquiriu dois fuzis semiautomáticos AR-15 no dia em que fez 18 anos, uma semana antes de cometer o massacre. “Era muito calado. Muito caladinho. Isso era. Não incomodava ninguém, não fazia nada a ninguém”, acrescentou a mãe.
A avó de Salvador, uma senhora de 66 anos de idade, foi a primeira vítima do fatídico dia. Antes de sair de casa armado e vestindo colete à prova de balas, o jovem disparou contra o rosto da mulher que ainda está hospitalizada.
O tiroteio na Robb Elementary School, em Uvalde, é a segunda pior chacina em uma escola nos EUA. A tragédia reacendeu o debate em torno da regulamentação da compra e venda de armas fogo no país. De um lado, politicos democratas pedem mais controle, de outro, republicanos conservadores insistem na questão do direito à posse de armas previsto na Segunda Emenda da Constituição americana.