Uma mulher que está entre os cinco funcionários da Monarch High School, em Broward, cujos empregos estão em risco por permitir a participação de uma garota transexual em um time feminino de vôlei, criticou os dirigentes na segunda-feira (4) por denunciarem a estudante, que é sua filha. Jessica Norton, funcionária do departamento de Tecnologia da escola secundária de Coconut Creek, emitiu uma declaração pública agradecendo à comunidade pelo apoio e identificando-se como a mãe da atleta transgênero.
Norton e outros quatro funcionários, incluindo o diretor, foram transferidos para empregos fora do campus na semana passada, enquanto o Distrito Escolar do Condado de Broward investiga uma possível violação da lei estadual. A legislação estabelece que uma pessoa biologicamente nascida como homem não pode participar de um time esportivo feminino em escolas públicas secundárias na Flórida.
Embora a atleta não tenha sido identificada pelo nome pelas autoridades estaduais ou locais, sua identidade foi claramente revelada na Monarch, conforme confirmado pelo treinador na segunda-feira. A filha de Norton, uma estudante do segundo ano, nasceu homem, mas se identifica como mulher desde antes do ensino fundamental. Documentos judiciais indicam que ela iniciou o bloqueio de testosterona aos 11 anos e, atualmente, está em tratamento com estrogênio para vivenciar a puberdade como mulher.
Norton, que também é treinadora de vôlei na Monarch, destacou em sua declaração que a “saída forçada, especialmente de uma criança, é uma tentativa direta de colocar a pessoa em perigo”. A família Norton já havia processado o distrito escolar e as autoridades estaduais em 2021, buscando a inconstitucionalidade da lei para permitir que a estudante praticasse esportes no ensino médio. O juiz decidiu contra a família em novembro, mas concedeu tempo para que o processo fosse alterado.
O técnico do time, Alex Burgess, afirmou que não tinha conhecimento da identidade transgênero da estudante até o início da investigação do distrito escolar. A forma como o distrito lidou com o caso gerou críticas da organização Safe Schools South Florida, que expressou preocupação com a possível divulgação inadvertida da condição transgênero da menor.
O governador Ron DeSantis sancionou a Lei de Justiça no Esporte Feminino em 2021, e o distrito escolar ainda não respondeu aos pedidos de comentário sobre o caso.
*com informações do Miami Herald