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Mãe de criança algemada em Key West processa a cidade, os policiais, a professora e a escola

A mãe do menino disse que seu filho sofre de ansiedade e depressão, para as quais toma dois tipos de medicamentos, e que professores e o resto da equipe escolar estavam cientes de suas necessidades especiais.

O vídeo do incidente na escola primária Gerald Adams recebeu atenção nacional esta semana depois que foi compartilhado no Twitter
O vídeo do incidente na escola primária Gerald Adams recebeu atenção nacional esta semana depois que foi compartilhado no Twitter

Os advogados da mãe do menino de agora 10 anos que policiais de Key West tentaram algemar em 2018, depois que ele foi acusado de bater na professora, entraram com uma ação de direitos civis na terça-feira(11), contra o distrito escolar, a cidade de Key West, os policiais envolvidos, bem como a professora e dois funcionários da escola.

O vídeo do incidente na escola primária Gerald Adams recebeu atenção nacional esta semana depois que o advogado da mãe, Benjamin Crump, postou as imagens em sua conta no Twitter.

 O caso chamou a atenção sobre como a polícia tem lidado com casos envolvendo crianças, trazendo à tona o episódio de uma menina de 6 anos de idade que foi algemada em Orlando no final do ano passado; e um garoto de dez anos também levado para a delegacia de Miami em 2019. Ambos sob acusação de mau comportamento na escola.

“O policiamento do século XXI deve ser construído sobre confiança e transparência”, disse ao jornal Miami Herald, Alex Piquero, criminologista da Universidade de Miami . “Este vídeo mostra uma desconfiança transparente, precisamente como não devemos tratar as crianças e certamente não é útil para a comunidade em geral.”

A filmagem mostra um policial colocando o menino contra um armário de arquivo dentro da secretaria da escola, revistando-o e, em seguida, tentando colocar algemas de metal nele, que eram grandes demais para caber nos pulsos da criança. O menor foi levado para a delegacia e fichado em um Centro Juvenil por agressão.

O processo

As alegações do processo incluem que as partes citadas violaram os direitos civis do menino ao usar força excessiva; não interviram em sua prisão e não consideraram sua deficiência durante o incidente.

Além de processar a cidade de Key West e o distrito escolar, a ação legal inclui os policiais Michael Malgrat, Kenneth Waite e Fred Sims, a professora Ashley Henriquez, o diretor Fran Herin e o diretor assistente Kyle Sheer.

“Estamos aqui porque algumas autoridades na escola e no departamento de polícia em Key West, Flórida, acharam que era apropriado prender e acusar uma criança de 8 anos de idade de 64 pounds, três pés e meio metros de altura, porque ele estava tendo uma crise emocional ”, disse Crump durante uma coletiva de imprensa conjunta com a mãe da criança nesta terça-feira (11).

A mãe do menino, Bianca Digennaro, relatou que seu filho sofre de ansiedade e depressão, para as quais toma dois tipos de medicamentos. Ela disse que os professores e o resto da equipe escolar estavam cientes de suas necessidades especiais.

“Todo mundo sabia disso”, disse Digennaro . Ela contou que estava no condado de Miami-Dade para um procedimento médico quando o incidente ocorreu, em 14 de dezembro de 2018.

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