Histórico

Mãe brasileira busca filha desaparecida nas Filipinas

Pai chamou família para uma viagem de férias e desapareceu com a menina de dois anos

Joselina Reis

O que era para ser apenas umas férias de poucos dias se transformou no maior pesadelo que a brasileira Oziene Vieira, de 23 anos, poderia ter. Quando o namorado, pai de sua filha de dois anos, pediu para ir ao supermercado com a menina Oziene nunca imaginou que ele não voltaria para o hotel. O caso aconteceu em junho e até agora a brasileira que mora no Tocantins não sabe ao certo o paradeiro da única filha.

A história que a própria brasileira adverte parecer inacreditável é cheia de detalhes que leva a crer que tudo foi planejado pelo pai da garota, Alexander Levin. Ele, um ucraniano naturalizado canadense, fazia visitas constantes a Palmas (TO) onde teria negócios e lá conheceu Oziene. Depois que a menina nasceu ele retornou ao Tocantins por várias vezes, sempre convidando as duas a saírem do país com pretexto de tirar umas férias. Em maio deste ano, Oziene, uma desenhista, largou o emprego e aceitou a proposta.

Depois de passar por vários países, o que parecia ser uma viagem de sonhos, acabou em um hotel na Ucrânia. Alexander saiu com o pretexto de comprar algo em um supermercado e desapareceu levando Ieda, de apenas dois anos.

Depois de contatar as auto-ridades, Oziene não teve outra alternativa a não ser voltar ao Brasil semanas depois, sozinha. Em poucas conversas mantidas entre os dois pelo Facebook, Alex Levin afirma que não tem mais a menina e que teria deixado-a aos cuidados de uma babá nas Filipinas. Segundo Oziene, nem mesmo a polícia canadense conseguiu pressioná-lo para devolver ou revelar o paradeiro de Ieda já que o crime de sequestro internacional não foi cometido no Canadá.

A briga fica ainda mais confusa e difícil de solucionar por envolver na verdade quatro países. Enquanto isso, Oziene, de volta a Palmas, sem emprego e com poucos recursos, espera o segundo filho de Alex Levin. “Eu quero minha filha de volta e a espera pela justiça brasileira está angustiante”, desabafa Oziene que ainda teme que Alex, na verdade, tenha vendido a menina para adoção.

Na semana passada, Oziene começou uma campanha pelo Facebook usando a ficha da Ieda junto a Interpol para tentar localizar a filha e pressionar autoridades. “Não sei mais o que fazer, já comuniquei as autoridades, mas no Brasil tudo é muito demorado”, reclama.

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